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Homem morre de febre amarela no interior de São Paulo

A suspeita é que espécies silvestres do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença, possam ter infectado a vítima

Aedes aegypti: até abril do ano passado apenas uma morte foi registrada por febre amarela no país (Alvin Baez/Reuters)

Aedes aegypti: até abril do ano passado apenas uma morte foi registrada por febre amarela no país (Alvin Baez/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 4 de janeiro de 2017 às 14h44.

Última atualização em 18 de janeiro de 2017 às 16h28.

Um homem de 52 anos morreu por ter contraído febre amarela no município de Ribeirão Preto, no interior do estado. A prefeitura informou que ele ficou quatro dias internado e morreu no último dia 26. O diagnóstico de febre amarela foi confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz.

O homem morava próximo a uma região de mata, com macacos hospedeiros do vírus da febre amarela. A suspeita é que espécies silvestres do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença, possam ter infectado a vítima.

Mortes

Segundo balanço do Ministério da Saúde, até abril do ano passado apenas uma morte foi registrada por febre amarela no país. Em 2015, foram nove casos e cinco óbitos.

No estado de São Paulo, os últimos casos haviam sido registrados em 2009, com 28 casos e 11 óbitos, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net).

A Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto adotou medidas como mutirões, nebulização e visitas às casas para a erradicação de criadouros do Aedes aegypti, que também transmite a dengue, chikungunya e zika vírus.

Os sintomas são febre, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, pode haver febre alta, coloração amarelada da pele e do branco dos olhos, hemorragia, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.

Vacinação

A melhor forma de evitar a doença é a vacinação, disponível gratuitamente nos postos de saúde da rede pública, com intensificações quando há surtos.

São aplicadas uma dose e um reforço a partir dos nove meses de idade em residentes e viajantes a áreas com recomendação de vacina. De 2000 a 2015, foram aplicadas 125 milhões de doses no país.

Segundo a prefeitura de Ribeirão Preto, há estoque de vacinas suficientes para atender a demanda da população da cidade, que é orientada a procurar as unidades de saúde. Na cidade, existem 38 salas de vacinas.

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