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Herman entrega relatório final da ação sobre chapa Dilma-Temer

Nova versão do relatório possui 153 páginas de complemento, reunindo mais informações como trechos dos depoimentos de João Santana e de sua mulher

Ação contra chapa Dilma-Temer: novo relatório tem aproximadamente 1,2 mil páginas (Ueslei Marcelino/Reuters)

Ação contra chapa Dilma-Temer: novo relatório tem aproximadamente 1,2 mil páginas (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de maio de 2017 às 12h19.

Brasília - Relator da ação que apura se a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger em 2014, o ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já entregou aos demais colegas da Corte Eleitoral uma versão atualizada do relatório que resume os principais pontos do processo.

Segundo o Broadcast Político apurou, a nova versão do relatório possui 153 páginas de complemento, reunindo mais informações do processo, como trechos dos depoimentos do marqueteiro João Santana e de sua mulher, a empresária Mônica Moura.

Considerando as informações que já constavam da antiga versão, o novo relatório tem aproximadamente 1,2 mil páginas.

No dia 4 de abril, os ministros do TSE decidiram reabrir a fase de coleta de provas da ação contra a chapa Dilma-Temer e ouvir mais quatro testemunhas - além do casal de marqueteiros, prestaram depoimento André Santana, assistente do casal, e o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.

Os ministros também decidiram fixar um prazo de cinco dias para as alegações finais das partes envolvidas no processo - Dilma, Temer e o PSDB, responsável por mover a ação contra a chapa -, etapa já cumprida.

Com a distribuição do relatório, o Ministério Público Eleitoral agora terá um prazo de 48 horas para se manifestar.

Agenda

O TSE deverá retomar o julgamento da chapa nas próximas semanas, com uma composição diferente daquela que começou a analisar o processo em abril. De la pra cá, Henrique Neves e Luciana Lóssio deixaram a Corte Eleitoral, sendo substituídos respectivamente por Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira - que tomou posse na última terça-feira (9) e só agora, efetivado como ministro titular, terá acesso à documentação completa do processo.

"Vamos aguardar o ministro Herman. Tão logo ele faça os cálculos dos prazos que precisam ser cumpridos, nós definiremos essa agenda (de retomada do julgamento)", disse o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes nesta quarta-feira, 10, depois de participar de reunião com corregedores da Justiça Eleitoral.

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