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Herman Benjamin aponta "poupança de propina" dos partidos

Herman Benjamin declarou ser evidente que partidos com "gordura acumulada" sairão com ampla vantagem em eleições

Herman Benjamin: "É evidente que o partido com gordura sairá com ampla vantagem" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Herman Benjamin: "É evidente que o partido com gordura sairá com ampla vantagem" (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de junho de 2017 às 18h51.

Última atualização em 8 de junho de 2017 às 18h51.

Brasília - O ministro Herman Benjamin, relator da ação que pede a cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apontou a existência de uma espécie de "poupança de propina" por partidos para obter vantagem nas eleições de 2014.

A afirmação se deu em meio à apresentação de seu voto no processo, no qual a coligação que incluía PT e PMDB abusou de poder político e econômico para vencer a disputa.

O ponto de vista de Herman é de que, apesar de a Operação Lava Jato apontar o pagamento de propina para diversos partidos, PT e PMDB, partidos de Dilma e Temer, obtiveram vantagem por ter uma espécie de "gordura acumulada".

"Não se pensa por um segundo sequer que isso foi criação desses partidos políticos ou seus integrantes", disse.

"Não é possível definir o momento exato em que os esquemas retratados se inicializaram ou se encerraram, se é que isso ocorreu", disse.

"É evidente que o partido com gordura sairá com ampla vantagem. Não se está, claro, afirmando, que somente esses partidos utilizaram os recursos ilícitos."

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