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Henry é o primeiro condenado a trabalhar fora da prisão

O deputado condenado no processo do mensalão, que também é médico, está trabalhando como coordenador administrativo de um hospital particular


	Deputado Pedro Henry: ele deve receber um salário de R$ 7.500
 (Antonio Cruz/ABr)

Deputado Pedro Henry: ele deve receber um salário de R$ 7.500 (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2014 às 08h38.

São Paulo - Condenado a 7 anos e dois meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no julgamento do mensalão, o ex-deputado federal Pedro Henry foi o primeiro dos condenados que cumprem a pena no regime semiaberto a ter aceito seu pedido para trabalhar fora da prisão.

Médico por formação, ele começou a trabalhar nesta quinta-feira, 9, como coordenador administrativo do hospital particular Santa Rosa, em Cuiabá, e deve receber um salário de R$ 7.500 .

O pedido feito pela defesa do ex-parlamentar foi acatado nesta quarta-feira, 8, pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá (MT).

Segundo informou o hospital, a rotina de trabalho de Henry será das 7 às 17 h. As 19 h ele deverá se reapresentar à Penitenciária Central do Estado (Polinter), onde permanecerá até as 6 h do dia seguinte. Aos sábados, deve se recolher a partir das 14 horas e ficar recluso até as 6 horas da segunda-feira.

O ex-parlamentar que recebeu dinheiro do mensalão está exercendo funções administrativas, como cuidar da escala dos profissionais. Mesmo sendo médio, ele não atende pacientes.

O ex-deputado está proibido de frequentar lugares como casas de prostituição e de jogos, portar armas e ingerir bebidas alcoólicas ou se apresentar embriagado na penitenciária.

Para cumprimento do regime, Henry tem que usar tornozeleira eletrônica. Segundo o termo de audiência, ex-deputado se declarou ciente das condições e se comprometeu a cumpri-las rigorosamente.


Após ter a ordem de prisão decretada, em dezembro, ele renunciou ao mandato na Câmara - decisão também adotada por José Genoino (PT-SP) e Valdemar Costa Neto (PR-SP) para evitar o processo de cassação. Inicialmente Henry foi encaminhado para o Complexo da Papuda, em Brasília, onde estão outros condenados do mensalão, e foi transferido no fim de dezembro para Mato Grosso.

Único

Dos 17 condenados que já tiveram a prisão decretada, X cumprem pena no semiaberto, em que há a possibilidade de se trabalhar durante o dia. Mas apenas Henry teve seu pedido aceito pela Justiça até agora.

Também médico, o ex-deputado Pedro Corrêa aguarda a avaliação da Vara de Execuções Penais de Pernambuco sobre seu pedido para trabalhar.

Correa chegou na quarta ao Centro de Ressocialização do Agreste, no município de Canhotinho (PE). Ele pretende voltar a exercer a medicina e pediu autorização para trabalhar como médico no município de Santa Cruz do Capibaribe, em Pernambuco.

Presos em Minas Gerais, o ex-advogado de Marcos Valério, Rogério Tolentino, e o ex-deputado Romeu Queiroz também aguardam decisões da Justiça sobre seus pedidos para trabalhar fora da prisão.

Tolentino pretende voltar a exercer a advocacia e Queiroz pede trabalhar em sua empresa de participações. As decisões sobre os pedidos dos presos em Minas está a cargo da Vara de Execuções Penais de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Semelhante aos presos que foram transferidos - 7 ao todo -, os condenados do mensalão que estão em Brasília também aguardam decisão da Justiça sobre os pedidos para trabalhar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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