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Henrique Alves tenta acordo para avançar com agenda positiva

Presidente da Câmara está reunido com Gleisi Hoffmann para tentar retirar a urgência de projetos polêmicos que trancam a pauta da Casa sem sinais de consenso


	Henrique Alves: presidente da Câmara terá que recorrer a argumentos fortes para tentar convencer o governo a ceder em propostas gostaria ver votadas este ano
 (Fábio Pozzebom/Agência Brasil)

Henrique Alves: presidente da Câmara terá que recorrer a argumentos fortes para tentar convencer o governo a ceder em propostas gostaria ver votadas este ano (Fábio Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 11h15.

Brasília – Apenas um acordo com o governo pode garantir que a pauta de votações da Câmara avance em alguns temas relevantes antes do fim do ano legislativo, marcado para 22 de dezembro.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), está reunido com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para tentar convencer o Executivo a ceder em alguns pontos, retirando a urgência de projetos polêmicos que trancam a pauta da Casa sem sinais de consenso entre os parlamentares.

A ideia do acordo surgiu depois da decisão que adiou para março de 2014 a votação da proposta que define um piso salarial para os agentes comunitários de saúde, com o entendimento da categoria. O projeto tramitava em regime de urgência apresentado pelo Executivo.

“Tiraria a urgência constitucional de tudo. Podemos votar ou não, mas desobstruiria a pauta porque temos uma agenda importante, como projetos que tratam do crime hediondo, da regulamentação do trabalho doméstico e das biografias”, explicou o parlamentar.

Henrique Alves ainda garantiu que se conseguir acordo com o governo vai marcar sessões de votação de segunda-feira a quinta-feira, de manhã, à tarde e à noite. “[O objetivo é] votar essas pautas boas na última semana [do ano legislativo]”.

O presidente da Câmara terá que recorrer a argumentos fortes para tentar convencer o governo a ceder em propostas gostaria ver votadas este ano.

Uma delas, que impede a votação de outros projetos desde o dia 28 de outubro, é a que define o Marco Civil da Internet (PL 2.126/11). Mesmo depois de longa tramitação que completa quase quatro anos no Congresso, ainda esbarra na indefinição sobre pontos como o que garante a neutralidade da rede.

A proposta apresentada pelo relator do projeto, Alessandro Molon (PT-RJ), impede que empresas provedoras deem tratamento diferenciado ao acesso conteúdos. Os deputados também tentam harmonizar o discurso sobre o item que obriga as empresas manterem centro de dados no Brasil.

O Executivo pode pedir urgência na tramitação de propostas para garantir que matérias prioritárias sejam votadas em, no máximo, 45 dias em cada uma das Casas Legislativas.

Quando o prazo se esgota sem que haja um posicionamento do Senado e da Câmara, a matéria entra automaticamente no topo da ordem do dia da respectiva Casa.

Além do Marco Civil, dois projetos trancam a pauta do plenário. Um é o Projeto de Lei Complementar (PLP) 328/13, do Executivo, que destina multa adicional do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), nos casos de demissão sem justa causa, para o Programa Minha Casa, Minha Vida. O outro, o PL 6.565/13, autoriza o porte de arma aos agentes e guardas prisionais.

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