Brasil

Henrique Alves promete agilizar investigação sobre Argôlo

"O deputado [Argôlo] terá cinco dias regimentais para apresentar a defesa e, imediatamente, virá o parecer da corregedoria", disse o presidente da Câmara


	O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves: apesar de considerar o caso uma “exceção”, Henrique Alves reconheceu que ele desgasta a imagem da Casa
 (Wilson Dias/ABr)

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves: apesar de considerar o caso uma “exceção”, Henrique Alves reconheceu que ele desgasta a imagem da Casa (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2014 às 14h24.

Brasília - Com o surgimento de mais uma denúncia contra o deputado Luiz Argôlo (SDD-BA) - o uso de verba parlamentar para contratar empresa supostamente ligada ao doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal -, o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse hoje (8) que vai agilizar as investigações abertas sobre o parlamentar baiano.

“Falei com o corregedor [deputado Átila Lins (PSD-AM)], e pedi que agilizasse os prazos. O deputado [Argôlo] terá cinco dias regimentais para apresentar a defesa e, imediatamente, virá o parecer da corregedoria. Em seguida levarei [a decisão] à mesa em 24 horas. Esse caso não pode perdurar do jeito que está”, criticou Alves.

Apesar de considerar o caso uma “exceção”, Henrique Alves reconheceu que ele desgasta a imagem da Casa. “Ninguém pode achar que aqui todos tenham atitudes assim. Aqui, acolá, cometem equívocos e a Casa tem que ser exemplar no seu ato de punir e repreender. Vamos apurar, o parlamentar terá o direito de defesa e a Casa tem que ser rápida no poder de apuração e na sua decisão.”

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o deputado Luiz Argôlo usou ao menos R$ 30 mil da chamada cota para exercício da atividade parlamentar da Câmara para contratar a empresa União Brasil Transportes e Serviços, com sede no município baiano de Alagoinhas. A empresa seria o elo financeiro com o doleiro Alberto Youssef.

Além disso, segundo o jornal, três ex-assessores do deputado baiano constam como sócios da empresa. Ontem (7), o PSOL protocolou no Conselho de Ética da Câmara representação por quebra de decoro parlamentar contra Argôlo por envolvimento com o doleiro.

Com isso, caso decida renunciar, o deputado será enquadro na Lei da Ficha Limpa e ficará inelegível por, pelo menos, oito anos.

A investigação na Corregedoria que apura o envolvimento de Argôlo com Alberto Youssef esbarra na dificuldade de encontrar o deputado no gabinete para notificá-lo sobre o pedido de investigação apresentado pelo deputado Rubens Bueno (PPS-PR).

Ante o fracasso das tentativas, a Corregedoria vai fazer a notificação por Diário Oficial da União.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosHenrique AlvesMDB – Movimento Democrático BrasileiroPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Brasil

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil

Justiça Eleitoral condena Marçal por abuso de poder e o declara inelegível

Alexandre de Moraes determina suspensão do Rumble no Brasil

ViaMobilidade investirá R$ 1 bilhão nas linhas 8 e 9 para reduzir intervalos e reformar estações