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Hemorio quer garantir doações regulares para banco de sangue

Campanha de doação conta com a parceria da Polícia Militar e o Disque-Denúncia


	Hemorio: objetivo da campanha é atrair doadores regulares, não somente policiais, mas também da população em geral
 (Agência Brasil)

Hemorio: objetivo da campanha é atrair doadores regulares, não somente policiais, mas também da população em geral (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2014 às 13h19.

Rio de Janeiro - O Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio) promove, nesta segunda-feira (25), uma campanha de doação de sangue em parceria com a Polícia Militar e o Disque-Denúncia. Além dos doadores em geral, cerca de 300 policiais e voluntários do serviço telefônico são esperados para a ação, que pode contribuir com cerca de 120 litros de sangue para os estoques do instituto.

A chefe de Atendimento ao Doador do Hemorio, Naura Faria, explicou que o objetivo da campanha é atrair doadores regulares, não somente policiais, mas também da população em geral. “Essa campanha com os policiais é muito importante como forma de divulgação. Os policiais que doam sangue podem incentivar a família e os amigos, por exemplo. Com isso, estamos tentando disseminar o tema da doação e atraindo mais doadores, não somente durante a campanha, mas diariamente. Precisamos muito dessa contribuição, cada doador pode ajudar a salvar até três vidas”, disse.

A capitã enfermeira da PM Maria Estela Galdeano acredita que os policiais são algumas das pessoas que mais precisam de doações de sangue e, por isso, devem estar também entre os que mais contribuem com os estoques. “Com a violência urbana, nossa estatística de policial ferido, necessitado de sangue, é muito grande. A gente quer que a própria polícia se conscientize de que o efetivo dela tem que ser um dos principais doadores para o nosso estado, porque geralmente somos as principais vítimas”, afirmou.

Para Maria Estela, não só a polícia, mas toda a sociedade, deve se mobilizar a favor da iniciativa. “Os policiais, assim como toda a sociedade, não percebem a importância de se fazer a doação de sangue, até que torne vítima ou tenha alguém da família, algum amigo que passe por esta situação e talvez tenha sua cirurgia suspensa devido aos baixos estoques. Tirando isso, a maioria de nós nunca lembra de doar”, afirmou.

O policial do Batalhão de Choque Anderson da Silva Costa, de 30 anos, participou da campanha e contou que era a oitava vez que doava sangue. “Eu e minha esposa sempre doamos sangue. Até hoje, nunca passei mal nem senti dor. O processo é muito simples e os funcionários do Hemorio são sempre muito gentis comigo”, disse.

O Hemorio coordena as ações do Hemocentro de todo estado do Rio de Janeiro e distribui sangue para cerca de 180 hospitais públicos. Para mais informações sobre doação, o instituto fornece um canal de comunicação por meio do Disque-Sangue (0800 282 0708), que esclarece dúvidas e informa o endereço dos 25 postos de coleta distribuídos no estado.

A chefe de Atendimento ao Doador do Hemorio esclareceu que os estoques ainda estão muito baixos e acredita que o principal motivo são os mitos criados em torno da coleta de sangue.

“Recebemos cerca de 300 doadores nos dias úteis e 150 nos finais de semana. Parece muito, mas não é. O ideal seria cerca de 500 doadores todos os dias. As pessoas precisam ter consciência de que a necessidade de sangue é diária. Além disso, muitos ainda têm medo de sentir dor durante a coleta, ou de contrair alguma doença infecciosa, o que não acontece. Os kits são descartáveis, não dá pra reaproveitá-los”, contou Naura.

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