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Helicóptero é cercado por jacarés após pouso forçado no Rio

Os homens do quartel da Barra da Tijuca precisaram isolar a área e espantar os animais para resgatar o piloto e o aluno


	Lago no Bosque da Barra: o bosque, de 50 hectares, é reduto de pelo menos 40 jacarés
 (Edson S. Moreira/WikimediaCommons)

Lago no Bosque da Barra: o bosque, de 50 hectares, é reduto de pelo menos 40 jacarés (Edson S. Moreira/WikimediaCommons)

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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2015 às 09h57.

Rio de Janeiro - Não bastou o pouso de emergência. Para os dois ocupantes de um helicóptero modelo Robinson R22, que decolou às 8h15 de terça-feira, 10, do Aeroporto de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, e precisou aterrissar pouco depois, o pior foi esperar pelo resgate em meio a jacarés, abundantes na região pantanosa onde a aeronave parou, no Bosque da Barra.

Quando os bombeiros chegaram, a dupla estava impossibilitada de deixar a aeronave.

Acionados, os homens do quartel da Barra da Tijuca precisaram isolar a área e espantar os animais para resgatar o piloto e o aluno.

O bosque, de 50 hectares, é reduto de jacarés. Vivem ali pelo menos 40 deles.

Estavam no helicóptero o piloto Gustavo R., de 33 anos, e o aluno João Ricardo T., de 28.

Eles foram retirados sem ferimentos e dispensaram atendimento médico.

Os dois faziam um voo de instrução, operado pela Nacional Escola de Pilotagem, que também fica em Jacarepaguá.

De acordo com a Infraero, o helicóptero voltaria para o aeroporto no fim do voo.

Segundo o biólogo Jorge Pontes, autor de estudos sobre os jacarés do Bosque da Barra, os animais são da espécie papo-amarelo, ameaçada de extinção.

O bosque é uma reserva de preservação ambiental gerida pela prefeitura do Rio.

O especialista conta que o maior réptil do local tem 2 metros de comprimento. Na média, medem 1 metro.

De acordo com Pontes, os jacarés do parque são arredios e, de alguns anos para cá, começaram a ser vistos em lagoas da região da Barra da Tijuca por causa da falta d’água nesses reservatórios.

O gerente de segurança operacional da Nacional Escola de Pilotagem, Leonardo Pinto Pereira, disse que a instituição não comentaria o caso até o preparo do relatório do Cenipa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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