HEINEKEN: Cade aprovou compra da Brasil Kirin pela companhia holandesa / Eric Gaillard/File Photo/ Reuters (Eric Gaillard/Reuters)
Da Redação
Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 05h54.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h40.
Heineken compra
A fabricante holandesa de cervejas Heineken anunciou nesta segunda-feira a compra da Brasil Kirin, dona da marca Schin, por 664 milhões de euros. O negócio transforma a Heineken na segunda maior cervejaria do Brasil, atrás da Ambev, mas à frente da Petrópolis, fabricante da Itaipava. A compra avalia a Brasil Kirin, que tem 12% do mercado brasileiro de cervejas, em 1,025 bilhão de euros. A companhia adquirida tem 12 fábricas pelo país e uma rede de distribuição própria, e é forte especialmente no Nordeste, com a marca Nova Schin, onde a Heineken tem participação tímida. A nova empresa passa a ter 17 fábricas no Brasil e uma participação de mercado de 19%, segundo dados de 2015 da consultoria Euromonitor.
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Exército no Rio
As Forças Armadas atuarão para manter a segurança também no Rio de Janeiro. Além de confrontos entre manifestantes e PMs na região da Assembleia Legislativa do Rio, que vota um pacote de ajustes enviado pelo governo, parentes de policiais militares fazem um ato na porta de batalhões para impedir o patrulhamento. “O governo federal resolveu colocar as Forças Armadas à disposição de toda e qualquer hipótese de desordem no território brasileiro”, disse o presidente Michel Temer nesta segunda-feira. No estado vizinho, o Espírito Santo, a crise de segurança deixou quase 146 mortos em dez dias. No Rio, há mobilizações em 27 dos 39 batalhões, mas não há dados de incidentes causados especificamente por falta de policiamento.
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Sem acordo no Supremo
O Supremo Tribunal Federal negou ação judicial do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), que pedia antecipação de cláusulas do acordo de resgate financeiro ao estado. O Rio contava com a suspensão da aplicação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para pegar empréstimos e aliviar a situação fiscal do estado. Assim, o governo federal e o estado do Rio de Janeiro terão um prazo de 30 dias para aprovar no Congresso e na Alerj as medidas e dar prosseguimento ao acordo. “Findo esse prazo, vou verificar quais são as providências judiciais passíveis de ser tomadas”, afirmou o ministro do Supremo Luiz Fux, relator da ação de Pezão.
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Lei de greve
O presidente Michel Temer anunciou nesta segunda-feira que vai enviar ao Congresso o projeto de lei de greve. A ideia é impedir a paralisação de serviços essenciais, como a Polícia Militar. Temer não detalhou quais categorias o texto regulamentará. Disse apenas que a decisão “nada tem a ver com a insurgência” da PM do Espírito Santo, mas com a previsão de greves em diversos setores, que, em razão da crise, ficarão sem receber os reajustes que estão pleiteando. “Se outros episódios [de paralisação de policiais] vierem a verificar-se, aplicar-se-á única e tão somente o texto constitucional”, afirmou.
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Bolsa recorde; Vale dispara
A bolsa subiu 1,28% nesta segunda-feira e fechou em 66.968 pontos, o maior patamar em cinco anos. O grande destaque foi a mineradora Vale, que teve um dia espetacular: os papéis preferenciais subiram 6,79%; e os ordinários, 9,18%, maior alta do dia. A disparada das ações é resultado do aumento do preço do minério de ferro: o valor do quilo negociado na China aumentou 6,48% nesta segunda-feira, e o contrato futuro da commodity teve alta de 6,76%, alcançando o maior patamar dos últimos 30 meses. Além do aumento nos preços do insumo, o jornal Valor Econômico divulgou que os acionistas podem eleger Murilo Ferreira para um quarto mandato na presidência da mineradora — seu mandato atual vai até maio. As ações do fundo Bradespar, que detém participação na Vale, subiram 7,66%
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IPO da SEB?
Segundo o presidente do grupo de educação SEB, Chaim Zaher, a empresa avalia a possibilidade de abertura de capital. Para ele, o IPO só ocorrerá se a SEB encarar a possibilidade de uma aquisição de grande porte “para ampliar o nível de internacionalização”, nas palavras do empresário. Zaher afirmou que as aquisições realizadas até o momento foram feitas com recursos próprios do grupo, mas que poderia haver a necessidade de captação no mercado para aquisições grandes. Também nesta segunda-feira o SEB anunciou a aquisição das operações sul-americanas do grupo canadense Maple Bear, que conta com 85 escolas no Brasil e mais de 15.000 alunos. O valor do negócio não foi divulgado, mas estima-se que tenha sido de aproximadamente 160 milhões de reais.
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As pontes de Trump
O presidente americano Donald Trump recebeu o premiê canadense Justin Trudeau na Casa Branca nesta segunda-feira e falou em “construir pontes” e “intensificar relações” com os vizinhos do norte, adotando uma abordagem muito diferente da usada com o México, no sul. Quando perguntado sobre a questão dos refugiados, o presidente americano disse que os canadenses estão fazendo um “bom trabalho”, embora as abordagens dos dois sobre o tema sejam quase opostas — Trudeau abriu as portas do Canadá a refugiados sírios, enquanto Trump baniu imigrantes de sete países.
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Pentágono reage
O Pentágono condenou nesta segunda-feira o lançamento de um míssil pela Coreia do Norte no domingo 12. Um porta-voz da instituição disse que os Estados Unidos são “capazes de se defender” das ameaças norte-coreanas e que vai tomar “todas as medidas necessárias” para isso. Primeiro lançamento realizado na gestão Trump, o projétil percorreu 500 quilômetros antes de cair no mar do Japão e deixou o ditador norte-coreano, Kim Jong-Un, “muito satisfeito”. O governo da Coreia do Sul, país aliado dos Estados Unidos, considerou o lançamento uma “provocação” para testar a reação do governo Trump. Uma resolução de 2006 da ONU proíbe os norte-coreanos de lançar mísseis.
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Referendo na Romênia
O Legislativo da Romênia aprovou por unanimidade uma proposta de realização de um referendo para consultar a população sobre a polêmica legislação que flexibiliza regras contra a corrupção. A lei foi motivo de duas semanas de protestos — a última manifestação, no domingo 12, levou 80.000 romenos às ruas. Defendida pelo governo do presidente conservador Klaus Iohannis, a lei entrou em vigor no fim de janeiro sem passar por aprovação do Parlamento e foi revogada logo depois devido à pressão popular. O presidente deve decidir agora quando será realizado o referendo e que pergunta será feita à população.