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Hasselmann vê queimadura de 3º grau no governo e teme reação do Congresso

"Não se trata de ser contra ou a favor (de Bebianno), mas da forma como tudo foi conduzido", explicou a deputada federal

Joice: "não se pode passar o recado a aliados de que essa fritura pública pode acontecer com qualquer pessoa", afirmou (Najara Araujo/Agência Câmara)

Joice: "não se pode passar o recado a aliados de que essa fritura pública pode acontecer com qualquer pessoa", afirmou (Najara Araujo/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de fevereiro de 2019 às 18h16.

São Paulo — A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) afirmou nesta segunda-feira (18) que o governo Jair Bolsonaro está com uma "queimadura de terceiro grau", após a crise interna gerada pelo episódio do secretário-geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno.

Joice teme, inclusive, qual será a postura de aliados do Congresso depois do que ela chamou de "fritura pública" de Bebianno.

"Não se trata de ser contra ou a favor (de Bebianno), mas da forma como tudo foi conduzido. No Congresso e no partido há um clima de apreensão. Não se pode passar o recado a aliados de que essa fritura pública pode acontecer com qualquer pessoa", disse a deputada, depois de almoço da bancada paulista com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

"Agora vamos ver como vamos colocar uma gaze úmida nessa queimadura de terceiro grau", comentou.

Para ela, a situação que se criou é delicada e desnecessária. "Poderia demitir quem quer que fosse, inclusive o Bebianno, mas chama entre quatro paredes, manda embora e acabou", declarou a deputada, que afirmou ter dito ao presidente que comunicação não é o que ele diz, mas o que as pessoas entendem.

Joice afirmou também que seria ingênua se não admitisse o risco de uma retaliação de Bebianno. "Ele não disse nada publicamente, mas mesmo o cachorro mais leal, se você chuta uma, duas, três vezes, na quarta ele te morde", comentou.

Na opinião dela, há tempo de evitar dano maior. "Isso gerou fratura no núcleo duro do governo, cabe agora construir uma saída."

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