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Haddad vai a Brasília para tirar projetos do papel

Atualmente, a cidade investe R$ 3 bilhões por ano, mas precisaria dobrar esse valor para tirar do papel programas nas áreas de transporte, combate às enchentes e moradia


	"Não estamos pleiteando junto ao governo federal tratamento privilegiado", reforçou o prefeito durante seu discurso à plateia de empresários, secretários, vereadores e subprefeitos
 (Fábio Arantes/Prefeitura de SP)

"Não estamos pleiteando junto ao governo federal tratamento privilegiado", reforçou o prefeito durante seu discurso à plateia de empresários, secretários, vereadores e subprefeitos (Fábio Arantes/Prefeitura de SP)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2013 às 17h52.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, se prepara para desembarcar no próximo mês em Brasília com o objetivo de apresentar à presidente Dilma Rousseff um pacote de projetos para o município, a serem contemplados com recursos dos programas federais. 

Após um almoço com empresários do Secovi (Sindicato da Habitação), o prefeito afirmou que seu secretariado está produzindo um levantamento de todas as demandas da cidade para encaixá-las nos projetos federais.

"Estamos mapeando todos os processos disponíveis no governo federal. Não estamos ambicionando nenhuma linha nova de crédito do ponto de vista dos programas que já existem. O que vamos fazer é submeter nossos projetos", anunciou o prefeito.

Haddad afirmou que sua gestão trabalha com a perspectiva de um orçamento de R$ 20 bilhões para retomar a capacidade de investimentos. Atualmente, a cidade investe R$ 3 bilhões por ano, mas precisaria dobrar esse valor para tirar do papel programas nas áreas de transporte, combate às enchentes e moradia.

"Não estamos pleiteando junto ao governo federal tratamento privilegiado", reforçou o prefeito durante seu discurso à plateia de empresários, secretários, vereadores e subprefeitos. O petista disse que, nas atuais condições econômicas do País, não faltam recursos e sim bons projetos. "Hoje você tem recurso disponível, mas não tem projeto", comentou.

Para levantar os R$ 20 bilhões, o prefeito disse que pretende recorrer "a todas as fontes de financiamento possíveis". Parte deste valor virá dos cofres municipais, outra sairá do governo estadual, mas a expectativa é que os recursos mais robustos venham dos programas federais. "A grande parte disponível está no governo federal", admitiu.


No périplo por mais recursos, nesta quarta-feira o prefeito se juntará em Brasília aos colegas gestores de capitais para discutir com o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), a troca do indexador da dívida de Estados e municípios.

No início do ano, o Executivo enviou ao Congresso uma proposta que altera o indexador das dívidas, de IGP-DI mais 6% a 9% ao ano, para IPCA mais 4% ao ano ou a taxa básica de juros da economia, a Selic, caso a soma dos encargos seja maior. A dívida de São Paulo atualmente supera os R$ 50 bilhões.

No encontro com os empresários do Secovi, o prefeito pediu que o setor participe dos debates sobre a revisão do novo Plano Diretor (a ser encaminhado à Camara dos Vereadores em agosto deste ano) e da criação do Arco do Futuro (promessa de campanha que propõe a implantação de um anel urbano).

Haddad disse que o Plano Diretor precisa ser discutido com urgência porque a cidade vive um momento crucial do ponto de vista urbanístico. Ele também anunciou que em abril encaminhará ao Legislativo a revisão da Lei de Desenvolvimento Econômico para a Zona Leste, a qual prevê incentivos fiscais para a região.

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