Brasil

Haddad sofre derrota e votação do IPTU é adiada

Prefeito sofreu uma inesperada derrota na Câmara ao não conseguir aprovar o aumento do imposto a partir de 2014


	Prefeito Fernando Haddad: para tornar a proposta mais palatável, a gestão Haddad aceitou aliviar a carga tributária sobre os aposentados
 (Marcelo Camargo/ABr)

Prefeito Fernando Haddad: para tornar a proposta mais palatável, a gestão Haddad aceitou aliviar a carga tributária sobre os aposentados (Marcelo Camargo/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2013 às 21h47.

São Paulo - O prefeito Fernando Haddad (PT) sofreu uma inesperada derrota na Câmara Municipal ao não conseguir aprovar o aumento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) a partir de 2014. Após ter a proposta rejeitada na Comissão de Finanças, a base governista viu os vereadores abandonarem o plenário e não conseguiu salvar a votação, que ficou marcada para quinta-feira, 24.

No início da noite desta quarta-feira, 23, a Comissão de Finanças aprovou um parecer do vereador Aurélio Miguel (PR) no qual rejeitava a proposta de aumento do IPTU por 5 votos a 4. Como o governo já havia vencido nas comissões de Política Urbana e Constituição e Justiça, o placar de 2 a 1 a favor do aumento do IPTU permite que o projeto vá à votação no plenário.

O revés aconteceu apesar da proposta da Prefeitura de diminuir os tetos de reajuste, fazendo com que o aumento médio caia de 24% para 18%. O secretário municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico, Marcos Cruz, disse que o teto para imóveis residenciais passaria de 30% para 20% e, para comércios, de 45% para 35%.

Também para tornar a proposta mais palatável, a gestão Haddad aceitou aliviar a carga tributária sobre os aposentados. Pelas regras atuais, aposentados com rendimento inferior a três salários mínimos (fixado atualmente em R$ 678) são isentos e os demais têm de pagar normalmente. A ideia é dar desconto de 50% para os que ganham entre três e quatro salários mínimos e de 30% aos aposentados com renda entre quatro e cinco salários.

No entanto, a polêmica envolvendo novos aumentos em 2015 e até em 2016 para os imóveis que tiveram valorização superior às travas pesou na derrota do governo.

Acompanhe tudo sobre:Fernando HaddadImpostosIPTULeãoPolíticaPolítica no BrasilPolíticos brasileirosPrefeitos

Mais de Brasil

Juscelino Filho pede demissão do ministério das Comunicações

Anatel aprova expansão da Starlink, de Elon Musk, no Brasil

Governador Eduardo Riedel apoia anistia do 8 de janeiro e gera conflito com o PT

Produção de veículos cai 12,6% em março e Anfavea alerta para impacto de tarifas dos EUA no setor