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Haddad quer usar 10 terrenos para fazer moradia popular

O projeto foi enviado à Câmara em meio à crescente tensão entre movimentos de moradia e os governos estadual e municipal


	Ônibus incendiado durante protesto no centro de São Paulo após reintegração de posse de edifício
 (Reuters)

Ônibus incendiado durante protesto no centro de São Paulo após reintegração de posse de edifício (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2014 às 14h01.

São Paulo - Em meio à crescente tensão entre movimentos de moradia e os governos estadual e municipal, o prefeito Fernando Haddad (PT) enviou projeto à Câmara Municipal pedindo autorização para receber 10 terrenos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) avaliados em R$ 106,5 milhões.

O pagamento do órgão do governo federal faz parte de uma dívida com o município. Os prédios serão reformados e transformados em habitação popular por meio de uma Parceria Público Privada (PPP) entre a Prefeitura e o governo estadual.

Geraldo Alckmin (PSDB) e Haddad pretendem usar esses terrenos para dar início à produção de até 20 mil unidades habitacionais na região central da cidade.

O governo municipal apoiará o projeto com cerca de R$ 400 milhões, dos quais R$ 300 milhões são de um fundo municipal que recebe recursos de contrapartida da Sabesp, concessionária do abastecimento da capital paulista.

O problema é que Haddad e Alckmin vão ter de arrumar uma solução para desocupar esses prédios. Dois deles já estão ocupados pela Frente de Luta por Moradia (FLM) no centro: um na Rua José Bonifácio e outro na Avenida 9 de Julho.

A FLM é a entidade responsável pela ocupação da Avenida São João onde houve confrontos na terça-feira, 16, entre sem-teto e a Tropa de Choque. Cerca de 80 pessoas foram detidas e pelo menos 10 ficaram feridas. Para reformar esses dois prédios invadidos e transformá-los em moradia popular, Prefeitura e Estado também vão precisar pedir a reintegração de posse desses edifícios.

Outros três terrenos doados pelo governo federal à Prefeitura ficam na região de Heliópolis, na região onde está a maior favela de São Paulo, com cerca de 200 mil moradores. Um dos prédios do INSS fica na Rua Piauí, em Higienópolis, área nobre da região central.

A relação dos terrenos do INSS que serão transformados em moradia popular por meio de parceria entre Prefeitura e governo estadual é a seguinte:

1- Rua José Bonifácio, 237

2- Rua General Rondon, 52/58

3- Rua General Rondon, 82

4- Rua Almirante Marques Leão, 202

5- Rua Piauí, 527

6- Av. 9 de Julho, 584

7- Av. Almirante Delamare, 2867

8- Av. Almirante Delamare, 2911

9- Av. Almirante Delamare, 2925

10- Av. Carioca, esquina com Rua Maciel Parente

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