Brasil

Haddad quer que terceirizadas ofereçam licença-maternidade

Prefeito de São Paulo afirmou que estuda exigir que empresas terceirizadas ofereçam licença-maternidade de 6 meses


	"Se a gente puder contribuir para que as mulheres de empresas terceirizadas possam amamentar por seis meses, vai fazer bem para a cidade", disse Fernando Haddad
 (Bloomberg)

"Se a gente puder contribuir para que as mulheres de empresas terceirizadas possam amamentar por seis meses, vai fazer bem para a cidade", disse Fernando Haddad (Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2015 às 21h25.

São Paulo - O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou nesta sexta-feira, 7, que estuda exigir que as empresas contratadas pela Prefeitura ofereçam licença-maternidade de seis meses, mesmo benefício dado às funcionárias públicas.

Caso a norma seja confirmada pela administração municipal, só poderiam participar de licitações municipais companhias que garantirem esse direito às suas funcionárias.

Haddad afirmou que, para definir a mudança, resta verificar com a Procuradoria-Geral do Município se há algum impedimento jurídico na legislação brasileira.

"Vamos ver se é juridicamente viável, mas se houver parecer jurídico favorável, vou determinar que se altere a norma", disse o prefeito, no evento de encerramento da Semana Mundial de Aleitamento Materno, na Praça das Artes, no centro da capital.

Segundo o Ministério da Saúde, a licença-maternidade é ponto fundamental para garantir que as mães mantenham a amamentação exclusiva durante os seis primeiros meses de vida do bebê.

"Para a Prefeitura, se a gente puder contribuir para que as mulheres de empresas terceirizadas possam amamentar por seis meses, vai fazer bem para a cidade, porque é uma forma de garantir que as crianças tenham um futuro mais saudável", disse o prefeito.

Também presente no evento, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, informou que o índice de aleitamento materno é maior entre filhos de funcionárias de empresas que garantem a licença-maternidade.

"Pesquisas do Ministério da Saúde mostram que entre as empresas que respeitam essas regras, 54% das mulheres amamentam exclusivamente até o sexto mês. Nas empresas que não garantem as regras da licença-maternidade e os espaços para o aleitamento, isso cai para menos de 25%", disse ele.

Na cerimônia, o ministério premiou 18 empresas públicas e privadas que garantiram salas de aleitamento em suas empresas para as funcionárias.

Nesses espaços, há estrutura para que as mulheres possam retirar o leite quando voltam da licença. Hoje, 200 empresas no Brasil oferecem o espaço. A meta do ministério é que outras cem companhias inaugurem salas do tipo em 2016.

"As salas requerem muitos poucos recursos. É uma sala pequena, com uma poltrona confortável, que tenha uma pia para a mulher poder lavar a mão e fazer a higienização, e um freezer ou uma geladeira para armazenamento do leite", explicou Chioro.

De acordo com o ministério, o aleitamento materno exclusivo até os seis meses diminui em até 13% a morte de menores de cinco anos por causas evitáveis.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasFernando Haddadgestao-de-negociosLicença-maternidadeMetrópoles globaisMulheresPolítica no BrasilPolíticos brasileirosPrefeitosPrefeiturassao-pauloTerceirização

Mais de Brasil

Pesquisas para prefeito de SP: quem está na frente nos levantamentos desta semana após cadeirada

Nunes tem 23%, Boulos, 22%, e Marçal, 22%, em SP, diz agregador EXAME/IDEIA

Após X indicar representante legal, Moraes dá 5 dias para rede enviar mais informações ao STF

Eleições 2024: o poder do voto feminino em SP — e as últimas pesquisas na capital após cadeirada