Brasil

Haddad quer cassar licença de empresas por trabalho escravo

Prefeito de São Paulo encaminhará à Câmara Municipal uma lei para punir empresas que usarem mão de obra considerada escrava


	Fernando Haddad entrega carteiras de trabalho para beneficiários de programa social
 (Divulgação/Secom)

Fernando Haddad entrega carteiras de trabalho para beneficiários de programa social (Divulgação/Secom)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2015 às 21h19.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), afirmou na manhã desta quarta-feira, 13, que vai encaminhar à Câmara Municipal uma lei "bastante dura" para punir empresários que usarem mão de obra análoga à escravidão na capital paulista.

Haddad prevê que a lei deve ser aprovada até o final deste ano.

"Não queremos esse tipo de empresário atuando na nossa cidade. Não entendemos que isso seja passível de uma punição leve. É algo que afronta tanto a dignidade humana que tem de ser punida de forma exemplar", afirmou.

Nesta quarta, Haddad assinou na Praça das Artes, centro da cidade, um decreto aprovando o Plano Municipal de Erradicação do Trabalho Escravo.

O documento prevê, entre outras ações, a cassação imediata do alvará municipal de funcionamento ou de qualquer outra licença da Prefeitura das empresas que fizerem uso direito ou indireto de trabalho escravo.

Segundo o prefeito, a punição será severa ao que chamou de "explorador". "Não tem cabimento numa cidade como São Paulo não punir severamente um empresário que usa o trabalho escravo, seja de imigrantes, mulheres ou crianças submetidos a essa exploração aviltante", disse.

"Vamos ter uma lei bastante dura, que puna o empregador, aliás, o explorador. Porque nem empregador é."

Há dois anos, está parado na Câmara Municipal o Projeto de Lei nº 105/2013, com o mesmo objetivo. De autoria da vereadora Patrícia Bezerra (PSDB), o texto foi aprovado em primeira discussão em abril de 2013.

Acompanhe tudo sobre:Câmaras municipaiscidades-brasileirasEmpresasFernando HaddadMetrópoles globaisPolítica no BrasilPolíticos brasileirosPrefeitossao-pauloTrabalho escravo

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas