Brasil

Haddad pagou o aluguel para investigar quadrilha

Para possibilitar uma escuta no escritório onde os criminosos se reuniam, o prefeito de São Paulo pagou do próprio bolso o aluguel de uma sala ao lado


	Haddad: "é outra coisa que pago com alegria", disse o prefeito, que já havia afirmado pagar o IPTU "com alegria"
 (Heloisa Ballarini/Prefeitura de São Paulo)

Haddad: "é outra coisa que pago com alegria", disse o prefeito, que já havia afirmado pagar o IPTU "com alegria" (Heloisa Ballarini/Prefeitura de São Paulo)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2013 às 07h03.

São Paulo - Para tornar possível que fosse feita uma escuta no escritório onde a quadrilha supostamente chefiada por Ronilson Bezerra Rodrigues se reunia, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), pagou do próprio bolso o aluguel de uma sala ao lado.

O pagamento foi feito por ele e pelo controlador Mário Spinelli para que o gasto não saísse no Diário Oficial da Cidade, alertando os suspeitos. Haddad diz ter pago dois aluguéis no valor de R$ 500 e Spinelli afirmou que pagou uma das parcelas de R$ 3,7 mil do seguro-fiança.

"É outra coisa que pago com alegria", disse o prefeito, que já havia afirmado pagar o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) "com alegria".

O local, apelidado como "ninho" pelos integrantes da quadrilha, fica no centro da capital paulista. O imóvel teria sido alugado por Marco Aurélio Garcia, irmão do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Garcia (DEM), e emprestado a Rodrigues.

Em nota, o secretário afirmou que não tem relações comerciais com o irmão e desconhece os auditores. Rodrigo Garcia é ex-aliado político do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD).

Em uma das escutas, um dos suspeitos teria falado que estava em um "escritório que era do Kassab". O ex-prefeito afirmou " que não tem relação nenhuma com o imóvel em questão, cujo responsável já assumiu publicamente que o emprestou para o servidor". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasCorrupçãoEscândalosFernando HaddadFraudesMetrópoles globaisPolítica no BrasilPolíticos brasileirosPrefeitosSão Paulo capital

Mais de Brasil

Justiça nega pedido da prefeitura de SP para multar 99 no caso de mototáxi

Carta aberta de servidores do IBGE acusa gestão Pochmann de viés autoritário, político e midiático

Ministra interina diz que Brasil vai analisar decisões de Trump: 'Ele pode falar o que quiser'

Bastidores: pauta ambiental, esvaziamento da COP30 e tarifaço de Trump preocupam Planalto