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Haddad: nova prova do Enem não aumentará custos

Ministro confirma a realização de outro exame para alunos que tiveram problemas com a folha de respostas

Haddad comemorou a decisão judicial que revalidou a prova, até então suspensa  (Divulgação/AGÊNCIA BRASIL)

Haddad comemorou a decisão judicial que revalidou a prova, até então suspensa (Divulgação/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2011 às 18h43.

Após a liberação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pela Justiça, o ministro da Educação, Fernando Haddad, minimizou nesta sexta-feira os problemas com a prova. Ele garantiu que a necessidade de reaplicação do Enem a 2 mil alunos não vai significar custos adicionais para o governo. De acordo com ele, a gráfica responsável pela impressão das provas irá arcar com as despesas necessários para a realização do novo teste.

Durante entrevista coletiva no Recife (PE), o ministro também destacou que as falhas nos cadernos de respostas atingiram menos de 1% do universo de 3, 3 milhões de estudantes inscritos. E afirmou que não haverá quebra das condições de equilíbrio na disputa entre os candidatos - graças à chamada Teoria de Resposta ao Item, que, segundo Haddad,  permite que alunos possam ser avaliados igualmente mesmo que tenham respondido a questões diferentes.

A data da nova prova ainda não foi definida. Anteriormente, o Ministério da Educação havia cogitado aplicar a avaliação na primeira semana de dezembro.

Haddad comemorou a decisão judicial que revalidou a prova, até então suspensa por determinação da Justiça Federal do Ceará. O ministo havia viajado ao Recife (PE) para tentar convencer os magistrados a acolher um pedido do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação do teste, e  derrubar a liminar concedida pela Justiça Federal do Ceará contra o Exame. Mas não foi preciso: quando chegou a Pernambuco, o ministro soube que  o desembargador Luiz Alberto Gurgel de Faria, presidente da corte, havia revalidado o Enem.

Risco

A decisão não é definitiva: a Procuradoria da República no Ceará vai pedir que a determinação de Gurgel seja reavaliada pelo plenário do Tribunal de Pernambuco. E é bom lembrar: a decisão que põe fim à suspensão do Enem não encerra o processo que tramita na Justiça Federal do Ceará e que pede a anulação total da prova - o que pode ocorrer a qualquer momento.

O gabarito do exame deve ser divulgado ainda hoje na página do Inep na internet: http://www.inep.mec.gov.br. Já os alunos prejudicados pela inversão no cartão de respostas terão de preencher um formulário no site do Inep para realizar uma nova avaliação. Aproximadamente 2 mil estudantes precisarão fazer o novo exame. A divulgação dos resultados deve ocorrer em 15 de janeiro.

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