São Paulo - Em um evento com presença do ministro da Saúde, Arthur Chioro, e com promessa de chegada de mais médicos cubanos para trabalhar na capital, a Prefeitura inaugurou a primeira Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade na manhã deste sábado, 12.
As UPAs são uma das vitrines do governo federal na área da saúde. Durante a campanha para prefeito, Fernando Haddad (PT) havia prometido trazer o modelo para a cidade -- a parceria federal prevê ajuda de custo de R$ 3 milhões por ano apenas para essa unidade. Outras 40 UPAs devem ser construídas em São Paulo até o fim da gestão.
Segundo Haddad, a unidade vai desafogar o hospital do Campo Limpo e o hospital do M'Boi Mirim. O novo centro tem 41 leitos de internação, previstos para serem usados por pacientes menos graves, mas que necessitam de cuidados imediatos. A internação deve obedecer prazo máximo de 24 horas. Depois disso, se não há melhora, os pacientes das UPAs devem continuar sendo transferidos para hospitais tradicionais.
A presença dos leitos de internação é a principal diferença entre o modelo de atendimento das UPAs de Haddad e do governo federal e das unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMAs), desenvolvidas durante a gestão Gilberto Kassab (PSD). O atendimento das AMAs previa a consulta, a medicação e até cirurgias eletivas. Mas não havia leitos. "90% das internações nos hospitais são de até 24 horas. A UPA vai absorver essa demanda", promete o coordenador da UPA, Felipe de Almeida Morais Teles.
Das 41 UPAs previstas na gestão, apenas seis serão prédios inteiramente novos. As demais devem ser AMAs reformadas ou alas de hospitais que vão ganhar nova função -- a exemplo da unidade aberta ontem, que antes era o estacionamento e o almoxarifado do Hospital do Campo Limpo.
A região onde a UPA foi instalada é a mais carente da cidade na área de saúde. Há 0,7 leito hospital para cada 1.000 habitantes. A recomendação internacional, diz a Prefeitura, é de 2 leitos para cada 1.000 habitantes.
Mais médicos. Na próxima terça-feira, 16, 76 médicos cubanos do programa Mais Médicos devem começar a trabalhar na cidade. A capital terá 236 profissionais trabalhando no programa. Desse total, já há 110 cubanos atendendo a população.
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1. Ar que mata
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1/24 (Montagem)
São Paulo – O quão poluído é o ar da sua cidade? Estudo feito pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade mostra que a má qualidade do ar foi responsável por quase 100 mil mortes no Estado de São Paulo entre 2066 e 2011. Os veículos são os maiores vilões, respondendo por 90% da
poluição. E quanto maior a lentidão do trânsito, mais letal se torna o ar. O perigo, porém, nem sempre é visível. Trata-se das micropartículas de poeira, conhecidas como PM2,5. Medindo apenas 0,0025mm, elas resultam da combustão incompleta de combustíveis fósseis utilizados pelos veículos automotores, e formam, por exemplo, a fuligem preta em paredes de túneis. Em 2011 [data de observação mais recente], a média para os municípios foi de 25 μg/m3, mais que o dobro dos 10 μg/m3 , preconizado pela Organização Mundial da Saúde. O resultado? Pessoas doentes e gastos públicos elevados com saúde. Veja a seguir quais são as cidades mais poluídas do Estado e quanto isso custa para a saúde.
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2. Cubatão
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2/24 (Fernando Cavalcanti)
Média anual de PM2,5: 39,79 Mortes atribuíveis à poluição: 99 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 352 Gasto público devido às internações: R$611.575
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3. Osasco
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3/24 (Chadner/ Wikimedia Commons)
Média anual de PM2,5: 30,03 Mortes atribuíveis à poluição: 428 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 1.267 Gasto público devido às internações: R$ 2.233.844
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4. Araçatuba
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4/24 (Wikimedia Commons)
Média anual de PM2,5: 28,76 Mortes atribuíveis à poluição: 110 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 417 Gasto público devido às internações: R$874.816
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5. Paulínia
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5/24 (Júlio Boaro/Wikimedia Commons)
Média anual de PM2,5: 24,70 Mortes atribuíveis à poluição: 29 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 131 Gasto público devido às internações: R$ 215.685
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6. Santos
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6/24 (Nelson Almeida/AFP)
Média anual de PM2,5: 23,89 Mortes atribuíveis à poluição: 301 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 609 Gasto público devido às internações: R$1.027.849
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7. São José do Rio Preto
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7/24 (Wikimedia Commons)
Média anual de PM2,5: 23,41 Mortes atribuíveis à poluição: 213 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 1.296 Gasto público devido às internações: R$ 2.436.021
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8. Taboão da Serra
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8/24 (Wikimedia Commons)
Média anual de PM2,5: 22,52 Mortes atribuíveis à poluição: 86 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 357 Gasto público devido às internações: R$ 538.072
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9. Mauá
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9/24 (Wikimedia Commons)
Média anual de PM2,5: 22,41 Mortes atribuíveis à poluição: 140 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 423 Gasto público devido às internações: R$ 601.711
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10. Americana
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10/24 (Wikimedia Commons)
Média anual de PM2,5: 22,16 Mortes atribuíveis à poluição: 89 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 249 Gasto público devido às internações: R$ 435.208 *internações na Rede Pública de Saúde
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11. Piracicaba
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11/24 (Wikimedia Commons)
Média anual de PM2,5: 22,02 Mortes atribuíveis à poluição: 137 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 448 Gasto público devido às internações: R$1.226.072
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12. Diadema
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12/24 (Creative Commons)
Média anual de PM2,5: 21,34 Mortes atribuíveis à poluição: 115 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 630 Gasto público devido às internações: R$900.485
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13. Bauru
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13/24 (Wikimedia Commons)
Média anual de PM2,5: 20,70 Mortes atribuíveis à poluição: 141 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 378 Gasto público com internações: R$ 898.292
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14. Araraquara
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14/24 (Yuri Sabino/Wikimedia Commons)
Média anual de PM2,5: 20,65 Mortes atribuíveis à poluição: 94 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 206 Gasto público devido às internações: R$445.645
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15. Catanduva
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15/24 (Wikimedia Commons/Reprodução)
Média anual de PM2,5: 20,64 Mortes atribuíveis à poluição: 52 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 206 Gasto público devido às internações: R$410.081
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16. Sorocaba
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16/24 (foto/Wikimedia Commons)
Média anual de PM2,5: 20,20 Mortes atribuíveis à poluição: 186 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 779 Gasto público devido às internações: R$ 946.210
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17. Campinas
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17/24 (Wikimedia Commons)
Média anual de PM2,5: 19,94 Mortes atribuíveis à poluição: 350 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 887 Gasto público devido às internações: R$1.884.181
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18. Ribeirão Preto
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18/24 (Wikipedia)
Média anual de PM2,5: 19,44 Mortes atribuíveis à poluição: 191 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 639 Gasto público devido às internações: R$1.459.153
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19. Jundiaí
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19/24 (.)
Média anual de PM2,5: 18,74 Mortes atribuíveis à poluição: 123 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 404 Gasto público devido às internações: R$ 674.185
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20. Tatuí
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20/24 (Wikimedia Commons)
Média anual de PM2,5: 15,55 Mortes atribuíveis à poluição: 23 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 87 Gasto público devido às internações: R$ 118.300
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21. Jacareí
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21/24 (Wikimedia Commons)
Média anual de PM2,5: 15,33 Mortes atribuíveis à poluição: 31 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 168 Gasto público devido às internações: R$213.782
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22. Marília
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22/24 (Filipe Mesquita de Oliveira/Wikimedia Commons)
Média anual de PM2,5: 13,96 Mortes atribuíveis à poluição: 30 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 109 Gasto público devido às internações: R$ 227.752
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23. Presidente Prudente
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23/24 (Wikimedia Commons)
Média anual de PM2,5: 13,39 Mortes atribuíveis à poluição: 25 Internações por doenças atribuíveis à poluição: 110 Gasto público devido às internações: R$185.954
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24. Sentença severa
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24/24 (Getty Images)