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Haddad: Gestão da segurança pública em SP é 'piada'

Candidato a prefeitura de São Paulo reagiu à manifestação de um participante de debate sobre a cidade e criticou a atual administração estadual na área


	Fernando Haddad: candidato destacou que um prefeito pode colaborar com a segurança pública através da ocupação territorial pacífica de áreas violentas
 (Divulgação/Band)

Fernando Haddad: candidato destacou que um prefeito pode colaborar com a segurança pública através da ocupação territorial pacífica de áreas violentas (Divulgação/Band)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2012 às 13h20.

São Paulo - O candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, reagiu na manhã desta segunda-feira à manifestação de um participante de debate sobre a cidade de São Paulo e criticou a atual administração estadual na área de segurança pública. Durante evento, promovido pela Rede Nossa São Paulo, foi mencionado o projeto de ocupação territorial pacífica (conhecido como Territórios da Paz) na cidade de Canoas (RS), administrada pelo PT. Ao responder a pergunta, Haddad foi interrompido por um manifestante que gritou: "mas isso é uma piada". O petista, de imediato, rebateu o comentário. "Piada é o que está acontecendo em São Paulo", afirmou, arrancando aplausos da plateia.

Ao seguir com a resposta, Haddad destacou que um prefeito pode colaborar com a segurança pública através da ocupação territorial pacífica de áreas violentas, com a participação de uma polícia comunitária, e com programas sociais voltados para a juventude. "Às vezes as pessoas acham que o prefeito não pode fazer nada pela segurança pública e está provado que pode", destacou o candidato. Para ele, a criminalidade em São Paulo está alta e é preciso também investir no monitoramento com câmeras na cidade.

Haddad voltou a ressaltar que não pretende acabar com as parcerias entre a prefeitura e as organizações sociais que administram hospitais em São Paulo. De acordo com ele, seu adversário continua "jogando na desinformação" para confundir o eleitor. "Mas a população percebe quando a crítica procede ou não", afirmou. O petista disse que ele é claro quando se posiciona contrário à destinação de 25% dos leitos hospitalares para planos de saúde e que, no caso das organizações sociais, sua opinião vai ao encontro da determinação do TCM que vem exigindo maior transparência dessas entidades.

O candidato evitou ainda comentar as declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, num comício em Diadema, defendeu o voto na experiência e disse aos eleitores que o voto no "novo" seria temeroso. "É uma administração (do atual prefeito Mário Reali) bem avaliada. Foi isso que o presidente fez referência", tergiversou o petista, dizendo não ter "procuração" para interpretar o discurso de Lula.

No evento, Haddad disse que o próximo prefeito de São Paulo precisa pensar a cidade no âmbito de seu desenvolvimento e que a capital paulista não pode ficar de fora do plano nacional. "A cidade é trabalhada (atualmente) de maneira pequena, muito mesquinha", concluiu o candidato, defendendo que o próximo administrador atue acima dos interesses partidários.

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