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Haddad garante tarifa com ou sem desoneração

Indagado se valor anunciado no começo do ano para o bilhete único mensal, de R$ 140, será alterado devido ao aumento no valor as passagens, Haddad desconversou


	Haddad disse não saber quanto o aumento do subsídio para as empresas de ônibus vai custar aos cofres públicos. "Não tenho de cabeça, o ideal é você pedir a planilha", afirmou
 (Antonio Cruz/ABr)

Haddad disse não saber quanto o aumento do subsídio para as empresas de ônibus vai custar aos cofres públicos. "Não tenho de cabeça, o ideal é você pedir a planilha", afirmou (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2013 às 15h32.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), garantiu nesta quinta-feira, 23, que o novo valor da passagem de ônibus municipal será mantido em R$ 3,20 independentemente da aprovação pelo Congresso da medida provisória que desonera de PIS e Cofins as passagens do transporte público urbano no país. A MP foi anunciada na manhã desta quinta-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. "O valor está fixado em R$ 3,20, não vai mudar", assegurou.

Indagado se o valor anunciado no começo do ano para o bilhete único mensal, de R$ 140, será alterado devido ao aumento no valor as passagens, Haddad desconversou. "Isso foi dito em janeiro. Se fosse implementado na época seria isso, R$ 140. Não é bom especular porque você faz a pessoa ficar preocupada com o que não precisa", disse.

Após proferir palestra em evento sobre como administrar megacidades, promovido pelo Insper, Haddad disse não saber quanto o aumento do subsídio para as empresas de ônibus vai custar aos cofres públicos. "Não tenho de cabeça, o ideal é você pedir a planilha", afirmou. "É uma questão aritmética. Eu tenho um contrato e vou diminuir do valor dele o que arrecado na catraca. Você tira o preço da catraca e a diferença é o subsídio", explicou.

Sobre a polêmica criada depois que a prefeitura anunciou o novo valor das passagens de serviços que são de responsabilidade do governo do Estado - trens e metrô -, Haddad negou que a informação tenha sido antecipada por ele ou sua equipe. "Não anunciamos antes. Eu disse que (o valor das passagens) seria menor que R$ 3,40."

O anúncio do valor do reajuste também da tarifa de trem e metrô causou mal-estar entre PT, que administra o município, e PSDB, que administra o Estado. O vereador Andrea Matarazzo (PSDB) chegou a classificar o caso como "ato de esperteza" segundo reportagem desta quinta-feira do jornal "O Estado de S. Paulo".

O bom relacionamento entre Prefeitura e Estado foi ressaltado pelo prefeito quando falou da negociação entre as duas administrações para a adoção do bilhete único mensal. "Temos um excelente relacionamento, mas cada um tem a sua agenda. Este é um compromisso deste governo e uma maneira de reduzir o custo da viagem. Quero estimular o transporte público", afirmou.

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