Fernando Haddad: "Se existe uma porta que precisa ser aberta em nome da democracia, todo mundo tem a obrigação de abrir essa porta", disse (Washington Alves/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de outubro de 2018 às 15h23.
Última atualização em 15 de outubro de 2018 às 06h51.
São Paulo - O candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad, fez um aceno ao tucano Fernando Henrique Cardoso após a afirmação do ex-presidente que há uma "porta" para o diálogo dos dois.
"Existe um muro que separa FHC de Bolsonaro. De mim, é uma porta", disse Haddad, em referencia a entrevista publicada com o tucano neste domingo no jornal O Estado de S.Paulo. No texto, FHC pondera que não é uma "porta aberta, mas há uma porta. O outro não tem porta. Um tem um muro, o outro uma porta", disse FHC.
"Se existe uma porta que precisa ser aberta em nome da democracia, todo mundo tem a obrigação de abrir essa porta", disse Haddad, neste domingo, após evento com representantes de entidades de pessoas com deficiência.
O candidato também foi confrontado sobre suas recentes afirmações contra Edir Macedo, líder da igreja Universal, e possíveis prejuízos com o eleitorado religioso. O petista, na sexta-feira, disse que Bolsonaro representa o corte de "direitos trabalhistas e sociais, com o fundamentalismo charlatão do Edir Macedo".
Segundo Haddad, sua preocupação é a de um estado para "acolher a todos, independente da crença. Eu entendo que uma igreja não pode mandar no Estado.
Essa é minha preocupação. Sobretudo a esse projeto de poder que foi anunciado há anos e agora quer se materializar em uma candidatura", disse, em referência ao apoio de Macedo a Bolsonaro.