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Haddad elogia Moro e FHC e critica gestão Dilma em entrevista ao SBT

Candidato petista disse que, de forma geral, juiz Moro fez um bom trabalho, mas julgou equivocada a condenação de Lula

Fernando Haddad: citados na Lava Jato devem pagar por erros se forem condenados em última instância, afirmou o candidato (Adriano Machado/Reuters)

Fernando Haddad: citados na Lava Jato devem pagar por erros se forem condenados em última instância, afirmou o candidato (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de outubro de 2018 às 21h16.

São Paulo - O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, fez nesta quarta-feira, 17, acenos ao eleitorado de centro que não manifestou apoio a ele. Em entrevista ao SBT exibida na noite desta quarta-feira, 17, o petista fez elogios ao juiz federal Sérgio Moro e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ao mesmo tempo que não deixou de criticar a ex-presidente Dilma Rousseff.

Questionado sobre a opinião que tinha em relação ao juiz Moro, responsável pela Lava Jato e pela condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril em Curitiba.

"Acho que, em geral, ele (Moro) ajudou. Em relação à sentença do Lula eu acho que tem um erro que vai ser corrigido pelos tribunais superiores porque ele não apresentou provas contra o presidente. Mas, em geral, eu acho que o Sérgio Moro fez um bom trabalho, embora eu acho que ele tenha soltado muito precocemente os empresários e liberado dinheiro roubado para estes empresários usufruírem a vida. Então, no geral, o saldo é positivo, mas há reparos a fazer", afirmou Haddad.

O candidato disse também que citados na Lava Jato devem pagar por erros se forem condenados em última instância.

O petista também fez críticas à gestão econômica de Dilma Rousseff. De acordo com ele, nos últimos dois anos do governo dela houve um "erro grave" com desonerações. "Nós vamos eliminá-las", afirmou.

"Tem dois períodos. O período que eu vivi no governo federal foi o que nós criamos 20 milhões de empregos em 12 anos. Acho que nos últimos dois anos do governo Dilma houve um erro grave. Nós desoneramos as empresas pensando que iriam gerar postos de trabalho, mas isso não aconteceu. Nós vamos eliminar as desonerações para equilibrar as contas públicas", disse o candidato.

Sobre as alianças neste segundo turno, Haddad minimizou as críticas do senador eleito Cid Gomes (PDT-CE) na segunda-feira e ressaltou que ele gravou um vídeo apoiando-o hoje. O petista disse ainda que quer reunir em torno de si pessoas que representam a esperança.

 

O candidato buscou novamente construir pontes com FHC, minimizando a falta de apoio público do ex-presidente a ele.

"O presidente Fernando Henrique está numa saia-justa porque alguns dos candidatos ao governo do Estado não me apoiam. Ele é meu, não diria amigo, mas é uma pessoa com quem eu mantenho relação antiga, muito cordial e respeitosa. E é recíproco", disse.

Haddad disse ainda reunir o apoio de pessoas que lutaram contra a ditadura militar e a tortura. "Muitos ministros do FHC estão me apoiando. José Carlos Dias, por exemplo, um nome consagrado na advocacia nacional, assinou um manifesto em favor da minha candidatura e contra o retrocesso", disse.

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