Brasil

Haddad e Serra trocam farpas no horário eleitoral na TV

Num tom desafiador, Haddad disse em seu programa que Serra "distorce informações" ao dizer que, enquanto esteve no governo federal, ele não investiu em São Paulo


	José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT): o programa de Serra começou acusando Haddad de esconder que a situação da saúde na cidade era pior na gestão de Marta Suplicy
 (Divulgação/Montagem de EXAME.com)

José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT): o programa de Serra começou acusando Haddad de esconder que a situação da saúde na cidade era pior na gestão de Marta Suplicy (Divulgação/Montagem de EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2012 às 22h09.

São Paulo - Os candidatos à Prefeitura de São Paulo neste segundo turno trocaram acusações nos programas eleitorais na TV exibidos na noite desta terça-feira. Em um discurso direto ao seu oponente - o tucano José Serra -, o candidato do PT, Fernando Haddad, rebateu as críticas de que, quando foi ministro da Educação, não fez nada pela cidade. Serra, no entanto, respondeu às críticas sobre a gestão municipal na área de saúde e explorou a greve nas universidades federais. "Não é por mal, mas Haddad não está preparado", insistiu o apresentador do programa do PSDB.

Num tom desafiador, Haddad disse em seu programa que Serra "distorce informações" ao dizer que, enquanto esteve no governo federal, ele não investiu em São Paulo. "Fiz, Serra, e fiz muito. E não fiz mais porque a Prefeitura não deixou", declarou o candidato.

O petista ressaltou ainda que garantiu recursos para a construção de 172 creches no município e que a gestão de Gilberto Kassab (PSD) "não foi buscar" o dinheiro, assim como teria aprovado verbas para uma universidade na zona leste e uma escola técnica na zona norte, mas que a administração municipal não teria cedido o terreno. "Tudo o que precisava da Prefeitura não aconteceu. Só avançamos naquilo que não dependia da Prefeitura", afirmou, citando os bolsistas do ProUni e parcerias com municípios do interior de São Paulo. "Isso prova, Serra, como é importante não colocar interesses partidários acima dos interesses públicos e como é bom ter uma prefeitura afinada com o governo federal, como São Paulo vai ter, a partir de 1º de janeiro", finalizou o candidato.


O programa de Serra começou acusando Haddad de esconder que a situação da saúde na cidade era pior na gestão de Marta Suplicy (2001-2004) do que na atual gestão. A propaganda exibiu imagens de hospitais e obras abandonadas em 2004, "época do Haddad e do PT", quando a saúde na cidade teria ido "parar na UTI". Na TV, a campanha mostrou depoimentos de usuários da rede municipal dizendo-se satisfeitos com o atendimento e os feitos de Serra na área. O tucano enalteceu o trabalho em parceria com as Organizações Sociais (OS) em hospitais e disse que o petista é contra esse trabalho em conjunto. "Quando um petista fica doente, vai logo para o (hospital Albert) Einstein, para o (hospital) Santa Catarina, mas eles não querem que o Einstein ou o Santa Catarina atendam os doentes dos hospitais da prefeitura. Essa é uma diferença muito importante entre nós", reforçou.

No final, a propaganda tucana ressaltou que Serra é mais "preparado, corajoso e competente", ao contrário de seu adversário que, segundo o programa, teria sido "o pior ministro da Educação que o País já teve". A campanha também trouxe para o horário eleitoral a paralisação nas universidades federais e a precariedade no funcionamento nas unidades federais.

Acompanhe tudo sobre:Fernando HaddadJosé SerraOposição políticaPartidos políticosPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPrefeitosPSDBPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Reforma tributária: governo faz 'terrorismo' para impedir novas exceções, diz senador Izalci Lucas

Linhas 8 e 9 começam a disponibilizar Wi-Fi gratuito em todas as estações; saiba como acessar

Bolsonaro indiciado pela PF: entenda o inquérito do golpe em cinco pontos

O que acontece agora após indiciamento de Bolsonaro e os outros 36 por tentativa de golpe de Estado?