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Haddad e Serra negam barganha em apoios no segundo turno

O vice-presidente da República, Michel Temer, afirmou que união de Chalita com Haddad foi feita "em torno de ideias"


	Campanhas de José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) negam que estejam oferecendo espaço no possível governo para novos aliados
 (Divulgação/Montagem de EXAME.com)

Campanhas de José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) negam que estejam oferecendo espaço no possível governo para novos aliados (Divulgação/Montagem de EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2012 às 09h52.

São Paulo - Ao anunciar suas alianças para o segundo turno da disputa pela a Prefeitura de São Paulo, PMDB e PTB negaram que tenham barganhado cargos para apoiar, respectivamente, Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB). Os dois partidos só admitem negociar espaço no município caso seus candidatos sejam vitoriosos, mas, nos bastidores, as legendas negociam espaços no governo federal e no Estado após a eleição.

As equipes de Haddad e Serra querem evitar que as alianças eleitorais tenham a imagem de "troca-troca". Depois do 2.º turno, entretanto, Gabriel Chalita (PMDB) deve ganhar um ministério em Brasília e Luiz Flávio Borges D’Urso (PTB) deve ser nomeado o novo secretário de Justiça do governo estadual.

Na reunião que selou o apoio do PMDB a Haddad, o vice-presidente Michel Temer foi categórico ao negar que Chalita, o candidato derrotado do partido, vá ganhar um ministério no governo Dilma Rousseff como moeda de troca pela aliança. "Isso é uma maldade. Eu nunca discuti isso, por enquanto, com a presidente Dilma. Não há essa discussão", afirmou o vice presidente, Depois de um encontro com Chalita e Haddad, em seu escritório político.

Para fechar o apoio ao candidato petista, o PMDB negociou um espaço para Chalita na Esplanada dos Ministérios em uma minirreforma que deve ser realizada depois das eleições municipais. Não há definição, no entanto, sobre a pasta que o candidato derrotado deve ocupar.

Temer teve um encontro anteontem com Dilma, ministros, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente nacional do PT, Rui Falcão.

Publicamente, PT e PMDB apresentaram o acordo como uma união de propostas e programas para a cidade. "O acordo foi feito em torno de ideias", explicou o vice-presidente.

Haddad se comprometeu a incluir em seu programa de governo propostas da campanha de Chalita, como o projeto das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e o Centro de Monitoramento de Segurança.

Lula

A costura de apoios ao candidato do PT, Fernando Haddad, em São Paulo, vai restringir os palanques do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no 2º turno. Lula não poderá fazer todos os comícios que pretendia. Não vai a Mauá, por exemplo, como pretendia, para apoiar o petista Donisete Braga, que disputa com Vanessa Damo, do PMDB. Essa foi a condição exigida pelo partido do vice-presidente Michel Temer em troca do apoio a Haddad na capital.

Lula pretende participar diretamente da campanha em Guarulhos, Santo André, Diadema e Campinas, em apoio, respectivamente aos petistas Sebastião Almeida, Carlos Grana, Mário Reali e Márcio Pochmann. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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