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Haddad é o primeiro ministro da Fazenda brasileiro a participar do G7 Financeiro

O grupo reúne ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das sete maiores economias do mundo

Haddad com Janet Yellen: reunião bilateral. (ISSEI KATO/POOL/AFP/Getty Images)

Haddad com Janet Yellen: reunião bilateral. (ISSEI KATO/POOL/AFP/Getty Images)

Publicado em 12 de maio de 2023 às 06h00.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou nesta sexta-feira, 12, como convidado da reunião do G7 Financeiro, grupo formado por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá. O encontro é realizado no Japão. Esta é a primeira vez que um ministro brasileiro da Fazenda participa do encontro, que reúne ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das sete maiores economias do mundo e antecede a reunião dos líderes, que ocorre no fim do mês. 

Haddad teve reuniões bilaterais com o ministro das Finanças do Japão, Shunichi Suzuki, e encontro com a ministra da Índia, Nirmala Sitharaman, para alinhar a atual presidência do G20 (grupo formado por ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo e da União Europeia), exercida pelo país asiático, com a próxima, que será do Brasil.

A primeira mesa do dia foi às 9h30 no horário local (21h30 de quinta-feira no horário de Brasília), que contou também com a presença de Joseph Stiglitz, e abordou o futuro do Estado de bem-estar social. A segunda sessão discutiu a macroeconomia de países emergentes e a terceira, o desafio do financiamento, sobretudo na área de infraestrutura.

Na quinta-feira, 11, o ministro da Fazenda pediu ajuda à secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, no socorro à Argentina. Em reunião bilateral em Niigata, no Japão, na véspera do G7 Financeiro, Haddad disse à contraparte americana que se trata de uma questão humanitária. Ele ainda destacou que a união entre Brasil e Estados Unidos nesse tema seria um facilitador para as negociações.

"Estamos muito preocupados com o que está acontecendo com a nossa vizinha Argentina. E uma das coisas que me traz ao G7, por recomendação do presidente Lula, é sensibilizar o G7 e o G20 para as condições específicas da Argentina nesse momento. Nós trazemos essa preocupação por uma questão humanitária bastante evidente", declarou o ministro da Fazenda a Yellen, na parte da reunião que pôde ser acompanhada pela imprensa.

No sábado, 13, Haddad retorna ao Brasil, com previsão de pouso em São Paulo na manhã do domingo, 14. Durante sua participação no G7, o ministro teve como pauta três pontos principais: reforçar a relevância do Brasil no cenário internacional, discutir reformas necessárias para a economia e criar laços com atores do G7 e convidados, conforme informou a pasta.

Lula no G7

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai participar do encontro da Cúpula do G7, que reúne os 7 países com algumas das maiores economias do mundo. O evento será na cidade de Hiroshima, no Japão, nos dias 20 e 21. O objetivo do G7 é tomar decisões relacionadas a conflitos militares, economia, meio ambiente,  política internacional, problemas sociais mundiais, entre outras áreas.

Além do Brasil, foram convidados outros países para a reunião como Austrália, Coreia do Sul, Índia, Indonésia e Vietnã. Também participam da reunião representantes das Nações Unidas, do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial, da Organização Mundial de Saúde e da União Europeia.

(Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)

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