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Haddad é "mais fácil" de derrotar no segundo turno, diz Mourão

Para general da reserva, sentimento de eleitores contrários ao retorno do PT na Presidência favorece vitória de Bolsonaro no segundo turno

Mourão: candidato a vice disse que, após a votação do dia 7, a tendência é que campanha busque uma negociação com Álvaro Dias e João Amoêdo (Bruno Kelly/Reuters)

Mourão: candidato a vice disse que, após a votação do dia 7, a tendência é que campanha busque uma negociação com Álvaro Dias e João Amoêdo (Bruno Kelly/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de outubro de 2018 às 15h50.

Brasília - O general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), que nas eleições 2018 é o candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), avaliou nesta segunda-feira, 1º, que o presidenciável Fernando Haddad (PT) é o concorrente "mais fácil" de derrotar no segundo turno. "Eu acho que não tem mais fuga. Se o Bolsonaro não vencer no primeiro turno, o segundo será disputado com Haddad", disse. "É bom porque vamos capitalizar o sentimento que existe no País, que não quer a volta desse grupo à Presidência da República."

Ele deu essas declarações ao desembarcar em Brasília, onde visita a família. Na conversa com jornalistas, Mourão disse que, após a votação do dia 7, a tendência é a campanha buscar uma negociação com candidatos como Álvaro Dias (Podemos) e João Amoêdo (Novo) e atrair parcela do eleitorado de Geraldo Alckmin (PSDB).

Mourão avaliou que ainda há possibilidade de uma vitória da chapa no primeiro turno e relatou que teve encontro nesse domingo, 30, no Rio de Janeiro, com Bolsonaro, que pediu para evitar declarações polêmicas. "Estou num silêncio obsequioso", disse Mourão. "Ele julgou que temos que manter a calma nesta semana", relatou. O candidato a vice reclamou que suas últimas declarações foram distorcidas. "É aquela história: eu sou sincero e as pessoas aproveitam."

Questionado sobre declaração de Bolsonaro, de que não aceitaria a derrota, Mourão disse que o candidato já voltou atrás. "Perdeu, perdeu. Se o Brasil voltar a eleger o Partido dos Trabalhadores, nós vamos ter incompetência, má gestão e corrupção", afirmou. "Isso será muito ruim para o País."

A uma pergunta sobre possíveis contestações no setor militar ao resultado das urnas, Mourão disse que não existe "nada" disso e as Forças Armadas estão "quietinhas" e "sob o comando de seus comandantes". "Olhe, não são as Forças Armadas que estão falando que querem tomar o poder. Isso é o Zé Dirceu que anda falando aí, que quer acabar com o Ministério Público. Imagine se eu falasse um negócio desses? E ninguém comenta."

Mourão minimizou a dificuldade da campanha de conquistar o eleitorado feminino e a série de protestos do movimento "Ele não" e ressaltou as carreatas pró-Bolsonaro. "As manifestações (do final de semana) mais ou menos se equivaleram", avaliou. Ele disse que começou a assistir ao debate de ontem dos candidatos na TV Record, mas foi "dormir" porque estava "muito ruim".

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