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Haddad diz que PT não ficará "isolado" de alianças

Segundo o ex-prefeito de São Paulo, a fragmentação da esquerda se deve à "prisão injusta de Lula"

Haddad: "Não acredito que o isolamento vai acontecer, acredito que alguma aliança haverá" (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Haddad: "Não acredito que o isolamento vai acontecer, acredito que alguma aliança haverá" (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de julho de 2018 às 17h53.

São Paulo - O ex-prefeito de São Paulo e coordenador do programa de governo do PT, Fernando Haddad, minimizou neste domingo, 29, a falta de alianças do partido, até agora, para as eleições de outubro.

"Não acredito que o isolamento vai acontecer, acredito que alguma aliança haverá", disse, antes da participação no evento Conhecer Eleições 2018, sobre Ciência, Tecnologia e Educação, em São Paulo. Segundo ele, a fragmentação da esquerda se deve à "prisão injusta de Lula".

"Se Lula fosse candidato, realmente tenho dúvidas que Ciro, Boulos e Manuela tivessem colocado suas candidaturas - com todo respeito", afirmou. "Estariam todos reunidos em torno do Lula", completou. Sobre a possibilidade de uma aliança com Ciro no primeiro turno, Haddad admitiu ser difícil. "Ele deu declarações recentes de que seria muito difícil", disse.

O ex-prefeito ironizou a negativa do empresário Josué Gomes para o posto de vice na chapa do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). Segundo Haddad, a negativa ao tucano não pode ser entendida como uma vitória do PT ou da esquerda. "Foi uma vitória pessoal do próprio Josué".

Haddad voltou a afirmar que não será candidato e que a partir do dia 6 pretende voltar a dar aulas no Insper. Para Haddad, o "apelo pelo Lula candidato vai crescer nos próximos dias". "As pessoas querem votar no Lula", emendou.

Haddad afirmou que o quadro eleitoral ainda é confuso, mas "eleição é encruzilhada" que vai decidir os rumos do País por décadas.

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