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Haddad diz que encaminhará proposta de arcabouço fiscal antes de agosto

Haddad avaliou que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) está de pé até hoje porque ela é exequível

"Nossos governos cumpriram o tempo todo a LRF, que deu uma estabilidade duradoura à regra", disse Haddad (Iara Morselli/Esfera Brasil/Divulgação)

"Nossos governos cumpriram o tempo todo a LRF, que deu uma estabilidade duradoura à regra", disse Haddad (Iara Morselli/Esfera Brasil/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de dezembro de 2022 às 19h56.

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 13, que pretende enviar ao Congresso a proposta de novo arcabouço fiscal antes do prazo estabelecido pela PEC da transição, que obriga o novo governo a apresentar um projeto de lei complementar até agosto de 2023.

"Se depender de mim eu antecipo, queremos encaminhar o quanto antes", afirmou, em entrevista coletiva no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), onde funciona o governo de transição. "Fui crítico do teto de gastos, porque já em 2018 entendia que regra não era confiável. Quando você cria uma regra que não consegue executar, coloca em risco o arcabouço fiscal", completou.

Haddad avaliou que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) está de pé até hoje porque ela é exequível.

"Nossos governos cumpriram o tempo todo a LRF, que deu uma estabilidade duradoura à regra. O arcabouço que pretendemos enviar tem que ter premissa de ser confiável e demonstrar a sustentabilidade das finanças públicas. Temos que compatibilizar sustentabilidade fiscal e social, já fizemos e sabemos fazer", repetiu, sem entrar em detalhes sobre o novo arcabouço que será proposto.

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'Respeito institucional com BC será muito observado'

Fernando Haddad também disse que a reunião com o presidente do Banco Central Roberto Campos Neto, foi positiva. Ele ressaltou que ambos têm o mesmo objetivo, de fazer o País crescer e gerar empregos com menos inflação, e que o respeito institucional será muito observado.

"É uma experiência nova. Sou um ministro da Fazenda que vou ter que conviver com um presidente do Banco Central que não foi indicado pelo presidente eleito, e ele terá de conviver com um ministro da Fazenda que não o indicou", afirmou, em entrevista coletiva no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), onde funciona o governo de transição.

Segundo ele, Fazenda e BC devem interagir dentro de suas atribuições, mas com a obrigação de buscar alinhamento. "O respeito institucional será muito observado", completou.

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