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Haddad diz que crise no Congresso não afeta campanha

Candidato disse que não está preocupado com o andamento das negociações com os partidos aliados para o fechamento de alianças na capital

Haddad: "Não há esse contágio, o Brasil é muito grande, são 5.560 municípios que vão eleger seus prefeitos, você imagina se cada assunto de Brasília for repercutir em todos" (Elza Fiúza/Abr)

Haddad: "Não há esse contágio, o Brasil é muito grande, são 5.560 municípios que vão eleger seus prefeitos, você imagina se cada assunto de Brasília for repercutir em todos" (Elza Fiúza/Abr)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2012 às 18h59.

São Paulo - O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, descartou a possibilidade de que a crise que atinge as relações do governo Dilma Rousseff com a base aliada no Congresso Nacional possa comprometer a política de alianças de sua campanha nas eleições municipais de outubro deste ano. "Não há esse contágio, o Brasil é muito grande, são 5.560 municípios que vão eleger seus prefeitos, você imagina se cada assunto de Brasília for repercutir em todos os municípios", argumentou, ao participar do seminário promovido pela bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo, denominado "O modo petista de governar".

Haddad disse que não está preocupado com o andamento das negociações com os partidos aliados para o fechamento de alianças na capital, reiterando que "ainda tem muito tempo para cuidar disso". O petista também rechaçou que o conflito entre PT e PMDB em Brasília possa prejudicar a sua campanha. "Às vezes falam: O PT e PMDB se estranharam em Brasília. Isso repercutiu na campanha do Eduardo Paes (atual prefeito do Rio de Janeiro) para a reeleição com o apoio do PT?", indagou, complementando: "Absolutamente (não)." Segundo o ex-ministro da Educação, os problemas do governo federal e os conflitos com a sua base estão fora do cotidiano dos pré-candidatos. "Esse tipo de procedimento está mais na cabeça das pessoas do que no cotidiano dos pré-candidatos. Não existe essa interferência", reafirmou.

Fim da taxa

Haddad prometeu que, se eleito, pretende acabar com a taxa de inspeção veicular, adotada na gestão do atual prefeito da Capital, Gilberto Kassab (PSD). "Ela acaba em 2013", garantiu o pré-candidato. De acordo com ele, o que a Prefeitura recebe hoje do governo do Estado, com a cobrança do IPVA, é suficiente para fazer a inspeção e a fiscalização dos carros na cidade. "Com o orçamento atual da Prefeitura, penso que essa taxa é dispensável.O que devemos fazer é inspeção e, sobretudo, a fiscalização para atingir as metas de redução."

O pré-candidato afirmou que, no passado, a arrecadação com o IPVA girava em torno de R$ 800 milhões/ano e que atualmente chega a R$ 1,8 bilhão. "O IPVA de São Paulo é um dos mais caros do Brasil e tendo uma arrecadação que beira os R$ 2 bilhões, não precisaria (cobrar pela inspeção), ainda mais pagando um serviço caro", afirmou. Ele considera o valor cobrado desproporcional ao serviço prestado. Caso a justiça autorize a Prefeitura a refazer a licitação para a inspeção veicular, Haddad disse que não pretende mais contar com esse serviço da Controlar.

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