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Curtas – uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo

Haddad desautoriza Dirceu; Bolsonaro desautoriza Mourão; Nubank receberá investimento e mais…

NU BANK: Tencent, gigante chinesa da tecnologia, vai investir 200 milhões de dólares na fintech brasileira (Nubank/Divulgação)

NU BANK: Tencent, gigante chinesa da tecnologia, vai investir 200 milhões de dólares na fintech brasileira (Nubank/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2018 às 06h55.

Última atualização em 9 de outubro de 2018 às 07h17.

Haddad desautoriza Dirceu

Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), que passaram para o segundo turno das eleições presidenciais de 2018, fizeram aparições ao vivo remotamente no Jornal Nacional desta segunda-feira (08). Perguntado sobre a ideia de convocar uma nova Constituinte, não prevista na lei, ele disse que o programa foi revisto, o que já havia sido sinalizado hoje pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Haddad disse que a ideia agora é fazer mudanças através de emenda constitucional – citando as reformas tributária, bancária e o fim do teto de gastos. Perguntado sobre uma frase de José Dirceu em entrevista ao El País sobre “tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição”, Haddad o desautorizou:“Não participa da minha campanha, não participará do meu governo e eu discordo da formulação dessa frase”.

Bolsonaro desautoriza Mourão

Falando em seguida, Bolsonaro usou suas considerações iniciais para agradecer a votação que recebeu citando alguns grupos específicos, como lideranças evangélicas e integrantes das Forças Armadas. No JN, ele foi perguntado também sobre declarações de seu vice, general Hamilton Mourão, de que a Constituição de 1988 foi um “erro”, da possibilidade de Constituinte sem representantes eleitos e aprovada por referendo, assim como de um “autogolpe”. O candidato disse que Mourão foi infeliz e foi desautorizado. Segundo ele, faltou “tato” ao vice, que deu uma “canelada” nas ocasiões. Bolsonaro acrescentou que jamais admitiria uma nova Constituinte: “Seremos escravos da nossa Constituição”.

Apoio crítico

Depois de se reunir com Ciro Gomes (PDT) na manhã desta segunda em Fortaleza (CE), o presidente do PDT, Carlos Lupi, afirmou que seu partido deve anunciar o que está chamando de “apoio crítico” à candidatura de Fernando Haddad (PT). O partido se colocará contra Jair Bolsonaro (PSL), punindo filiados ou candidatos que manifestarem apoio ao presidenciável. A decisão deve ser oficializada na reunião da Executiva Nacional da sigla na quarta-feira, em Brasília. Na ocasião, o partido irá definir que não terá cargos em uma eventual gestão petista. “Não queremos nenhum cargo em lugar nenhum”, disse Lupi ao Estadão.“Bolsonaro representa um retrocesso, um retorno ao Brasil pré-1964”. Segundo o jornal, Lupi defende que, após o segundo turno, Ciro um movimento por uma nova candidatura, visando 2022 “Isso sou eu que estou insistindo para que Ciro já se candidate a presidente para 2022, mas ele não está convencido”, disse.

Mudanças na BRF

A BRF planeja concluir seu anunciado processo de venda de ativos em dezembro e nomear um sucessor para o atual presidente-executivo, Pedro Parente, afirmaram executivos da companhia de alimentos nesta segunda-feira, segundo a Reuters. Parente, que continuará como presidente do conselho da BRF, afirmou que o atual vice-presidente de operações, Lorival Luz, vai sucedê-lo na presidência-executiva, com a transição devendo ser concluída até meados do próximo ano. A empresa informou que está reposicionando a marca Sadia no Brasil, de onde obtém cerca de 50% de sua receita, para atingir públicos maiores. Um aumento na produção de produtos halal nos mercados muçulmanos no Golfo Pérsico também é parte da estratégia. Sobre a retomada de pagamento de dividendos, executivos da BRF afirmaram que a empresa precisa antes elevar o retorno sobre o capital investido acima dos custos de capital, atingir margens maiores e reduzir o endividamento.

Novos planos da Vale

O Conselho de Administração da Vale está próximo de aprovar investimentos de 1 bilhão de dólares para a expansão da mina de cobre Salobo, disseram duas pessoas com conhecimento do assunto à agência de notícias Reuters. A maior produtora de minério de ferro do mundo procura diversificar e tirar vantagem da crescente demanda internacional pelo metal. Um email sobre a iminente aprovação foi enviado internamente na semana passada, de acordo com uma das fontes, que não foi autorizada a discutir a questão publicamente. Uma segunda pessoa disse que a expansão estava no planejamento, devendo ser aprovada em uma reunião do conselho no dia 24 de outubro, data em que também serão divulgados os resultados do terceiro trimestre. A mina Salobo, no Estado do Pará, começou suas operações em 2012 e produz cerca de 200 mil toneladas anualmente.

Nubank vale 4 bilhões

A gigante chinesa da tecnologia Tencent vai investir 200 milhões de dólares na fintech brasileira Nubank, que oferece cartão de crédito e conta digital. A notícia foi publicada em primeira mão pelo site The Information. O negócio avalia a fintech em 4 bilhões de dólares e coloca a companhia entre as startups mais valiosas da América Latina. Em março, a fintech do cartão roxo havia sido avaliada em 2 bilhões de dólares. Com o aporte, a Tencent fica com uma fatia de 5% do Nubank, o que limita a influência da chinesa na gestão da companhia brasileira. Mas a chinesa deve compartilhar tecnologia com o Nubank. Na China, a Tencent é dona do aplicativo WeChat, que possui seu próprio sistema de pagamentos via celular, o WeChat Pay. Este é o primeiro investimento da Tencent no Brasil.

Pompeo: atritos em Pequim

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, e seu colega chinês, Wang Yi, se reuniram nesta segunda-feira, em Pequim. Pompeu passou pela China após se reunir com o ditador coreano, Kim Jong-Un, e ouviu críticas sobre as últimas medidas comerciais tomadas por Washington. Em entrevista a jornalistas ao lado do americano, Wang Yi afirmou também que acenos recentes dos EUA em direção a Taiwan afetam as políticas domésticas da China e “atrapalham o futuro das relações sino-americanas”. Donald Trump aprovou recentemente uma venda de armas a Taiwan, que tem governo independente mas é considerado pela China uma província. Com Kim, Pompeo alinhavou detalhes para um segundo encontro entre o coreano e Donald Trump.

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