Brasil

Haddad defende conversa permanente com PSDB para "fortalecer a democracia"

Segundo candidato do PT, o diálogo se tornou mais necessário após as declarações de Jair Bolsonaro, que colocou em dúvida o sistema de urnas eletrônicas

HADDAD: conversa com o PSDB foi pensada pelo candidato para uma agenda de Estado que permita a estabilidade democrática e o respeito ao resultado eleitoral (Adriano Machado/Reuters)

HADDAD: conversa com o PSDB foi pensada pelo candidato para uma agenda de Estado que permita a estabilidade democrática e o respeito ao resultado eleitoral (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de setembro de 2018 às 13h54.

Última atualização em 17 de setembro de 2018 às 13h55.

São Paulo - O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, defendeu na manhã desta segunda-feira, 17, a manutenção de uma "conversa permanente" com o PSDB em torno de uma agenda de Estado que permita a estabilidade democrática e o respeito ao resultado eleitoral.

As declarações foram dadas na Capela das Irmãs da Maria Imaculada, em São Paulo. Segundo Haddad, o diálogo se tornou ainda mais necessário depois das declarações do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) que em vídeo divulgado no Domingo (16) colocou em dúvida o sistema de urnas eletrônicas.

No domingo, o petista disse que a autocrítica feita pelo tucano Tasso Jereissati em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo "é muito importante e constrói possibilidade de diálogo depois das eleições".

"Na verdade eu reagi à entrevista corajosa que o Tasso Jereissati deu. É uma afirmação importante essa de respeitar o resultado eleitoral, desejar boa sorte ao eleitor, estabilizar as instituições, ter uma agenda de estado para fortalecer a democracia. Isso tudo tem que estar na agenda. Sobretudo agora. Você viu as declarações de ontem? (domingo)", disse Haddad.

Na entrevista ao jornal, Jereissati, que é presidente do Instituto Teotônio Vilela, fez uma avaliação crítica sobre a postura do PSDB desde a reeleição da presidente cassada Dilma Rousseff. "O partido cometeu um conjunto de erros memoráveis. O primeiro foi questionar o resultado eleitoral (...) O segundo erro foi votar contra princípios básicos nossos, sobretudo na economia, só para ser contra o PT. Mas o grande erro, e boa parte do PSDB se opôs a isso, foi entrar no governo Temer", disse o tucano.

Indagado se a conversa com o PSDB seria no segundo turno ou depois da eleição, Haddad respondeu que "a conversa é permanente". O candidato do PT participou de uma missa ao lado da mulher, Ana Estela, em comemoração aos 30 anos de casamento. O padre Rodolpho Perazzolo, que conduziu a missa, foi o mesmo que celebrou o casamento de Haddad 30 anos atrás e é amigo do casal.

"Eles celebraram as bodas de 25 anos também, estamos sempre juntos. São pessoas que têm fé. É importante dizer isso", disse o padre. Na quinta-feira, 20, Haddad deve participar do primeiro debate entre os presidenciáveis promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), no Santuário de Aparecida.

Acompanhe tudo sobre:Fernando HaddadPartidos políticosPSDBPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Moraes deve encaminhar esta semana o relatório sobre tentativa de golpe à PGR

Acidente com ônibus escolar deixa 17 mortos em Alagoas

Dino determina que Prefeitura de SP cobre serviço funerário com valores de antes da privatização

Incêndio atinge trem da Linha 9-Esmeralda neste domingo; veja vídeo