Brasil

Haddad contrata auditoria para rever contratos do lixo

O custo do serviço vai ser de R$ 2,74 milhões, conforme o edital da concorrência publicado nesta sexta-feira, 22, no site da Prefeitura


	Lixo em SP: contratos são validos por 20 anos, até o final de 2024
 (Rogério Montenegro)

Lixo em SP: contratos são validos por 20 anos, até o final de 2024 (Rogério Montenegro)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de agosto de 2014 às 16h06.

São Paulo - A gestão do prefeito Fernando Haddad (PT) vai fazer uma auditoria nos bilionários contratos do lixo e contratar uma consultoria para verificar a eficiência do serviço de limpeza das ruas de São Paulo.

O custo do serviço vai ser de R$ 2,74 milhões, conforme o edital da concorrência publicado nesta sexta-feira, 22, no site da Prefeitura.

Um dos objetivos do contrato é obrigar os dois consórcios do lixo a universalizarem a coleta seletiva na capital paulista até o final de 2017 - hoje esse índice não chega a 7%.

Os atuais contratos de concessão do lixo, de mais de R$ 10 bilhões, são os maiores da administração municipal e foram assinados no segundo semestre de 2004, no final da gestão da prefeita Marta Suplicy (PT), após uma licitação marcada por polêmica e denúncias de irregularidades.

Os contratos são validos por 20 anos, até o final de 2024.

Em 2005 o então prefeito José Serra (PSDB) chegou a reduzir os valores repassados às empresas, que acabaram deixando de cumprir uma série de metas nos últimos anos - como o avanço na implementação da coleta seletiva.

Agora a gestão Haddad quer, além de rever os valores e cumprimentos de metas do contrato, acompanhar como as duas concessionárias (Consórcio Bandeirantes 2, formado por Queiroz Galvão, Heleno&Fonseca e Lot, e o Consórcio Loga, formado por Vega, Cavo e SPL) do serviço vão cumprir o novo Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de São Paulo, criado por decreto em março deste ano.

O plano prevê a universalização da coleta seletiva de resíduos secos até 2017 em todos os lares paulistanos - hoje esse índice é de apenas 7%.

As empresas também precisam implementar a coleta seletiva de resíduos sólidos orgânicos e construir quatro grandes centrais de processamento para receber o lixo da coleta seletiva.

Organização

Atualmente a organização operacional da prestação dos serviços de limpeza urbana de São Paulo é dividida em dois agrupamentos. O agrupamento Noroeste compreende 13 subprefeituras: Butantã, Casa Verde, Freguesia do Ó, Jaçanã/Tremembé, Lapa, Mooca, Penha, Perus, Pinheiros, Pirituba, Santana/Tucuruvi, Vila Maria/Vila Guilherme e Sé, com 4.487.885 habitantes e cerca de 1.493.831 domicílios.

O agrupamento Sudeste compreende 19 subprefeituras: Aricanduva/Formosa, Campo Limpo, Capela do Socorro, Cidade Ademar, Cidade Tiradentes, Ermelino Matarazzo, Guaianases, Ipiranga, Itaim Paulista, Itaquera, Jabaquara, M’Boi Mirim, Parelheiros, Santo Amaro, São Mateus, São Miguel, Vila Mariana, Vila Prudente e Sapopemba, com 6.765.558 habitantes e cerca de 2.080.445 domicílios.

As duas empresas também receberam reajustes nos valores do contrato durante a gestão do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), nos anos de 2007 e de 2012.

Na ocasião do aumento foram assinados dois termos de compromissos, com novas obrigações para as empresas, como a construção de novas centrais de triagem.

A auditoria de Haddad também vai analisar se as obrigações desses dois termos estão sendo cumpridas pelos consórcios.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasFernando HaddadFiscalizaçãoLixoMetrópoles globaisPolítica no BrasilPolíticos brasileirosPrefeitossao-paulo

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas