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Haddad confirma Bernard Appy na reforma tributária e Galípolo como número 2 da Fazenda

O futuro ministro da Fazenda afirmou que espera terminar a montagem da sua equipe até o começo da próxima semana

Fernando Haddad (Andressa Anholete/Bloomberg/Getty Images)

Fernando Haddad (Andressa Anholete/Bloomberg/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de dezembro de 2022 às 19h32.

Última atualização em 13 de dezembro de 2022 às 19h40.

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta terça-feira, 13, que o economista Bernard Appy será o secretário especial para a reforma tributária em sua pasta e o Gabriel Galípolo será o secretário-executivo. 

O futuro ministro defendeu os nomes de sua equipe e rebateu eventuais críticas do mercado aos escolhidos para trabalhar na pasta.

"Peço que façam a avaliação da equipe quando ela estiver montada. Meu secretário executivo (Galípolo) até outro dia era presidente de banco e nunca teve uma filiação partidária. Não sei quem é o mercado que vocês consultam, mas duvido que Appy tenha alguma restrição técnica", afirmou. "São pessoas tecnicamente qualificadas para essa posição", completou.

Durante entrevista coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde funciona o governo de transição, Haddad afirmou que espera terminar a montagem da sua equipe até o começo da próxima semana.

Ele disse ainda que não participa de discussões sobre uma eventual mudança na Lei das Estatais. O ex-ministro da Educação acrescentou que não sabe se esses debates existem.

Haddad confirmou que os ministérios do Planejamento e do Desenvolvimento, Indústria e COmércio Exterior (Mdic) voltarão a existir. "Acho um modelo melhor, que não centraliza tantos poderes nas mãos de uma só pessoa. O presidente Lula é muito participativo na economia, e não terceiriza responsabilidades", acrescentou.

De acordo com o ex-prefeito de São Paulo, os nomes para comandar os bancos públicos Caixa e Banco do Brasil estão sendo escolhidos pelo próprio presidente Lula.

Quem é Bernard Appy

Appy é o mentor da principal proposta de reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional, a chamada PEC 45, que cria o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) em substituição a cinco tributos federais, estaduais e municipais (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS).

Entre 2003 e 2008, o economista comandou a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda e a Secretaria Extraordinária de Reformas Econômico-Fiscais nos primeiros governos de Lula.

"Appy desenhou uma proposta que tem servido ao Congresso como base para uma discussão para o País. Queremos partir dessa base para conversar com os parlamentares, uma vez que entendo que ela deve caminhar junto com a proposta de novo o arcabouço fiscal", afirmou Haddad, em entrevista coletiva no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), onde funciona o governo de transição. "Isso dará mais robustez para um processo que deve ser duradouro", completou.

Quem é Gabriel Galípolo

Galípolo, de 40 anos, será o número 2 da pasta. Ele foi presidente do Banco Fator até 2021. Antes disso, trabalhou na Secretaria Estadual de Economia e Planejamento na gestão de José Serra (PSDB) como governador.

Galípolo se aproximou do PT na última década e compareceu a jantares com nomes do mercado financeiro ao lado de Haddad e Lula. Atualmente, ele é também conselheiro da Fiesp e fundador da Galípolo Consultoria, que atua na área de parcerias público-privadas (PPP).

Formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), o economista é pesquisador sênior do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) desde janeiro de 2022 e já foi professor de graduação na Faculdade de Economia da PUC-SP de 2006 a 2012.

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