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Haddad afirma que aliança com PP segue 'lógica'

O petista confirmou que foi contactado apenas por dirigentes da esfera nacional do partido e que não fará vetos a nenhum partido da base de Dilma

Segundo o governo, a anulação das 13 questões, de um total de 180 contidas no Enem, prejudicará a grande maioria dos estudantes que fizeram o exame (Antonio Cruz/ABr)

Segundo o governo, a anulação das 13 questões, de um total de 180 contidas no Enem, prejudicará a grande maioria dos estudantes que fizeram o exame (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 14h55.

São Paulo - O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad disse na cerimônia que selou a aliança de sua legenda com o PSB que ainda não foi comunicado oficialmente sobre o PP, do deputado federal Paulo Maluf, à sua pré-candidatura, mas que, se confirmada a aliança, ela seguirá a proposta inicial de seu partido, de fechar apoio com siglas da base de sustentação do governo Dilma Rousseff. "Estou fazendo uma aliança com o PP. Isso inclui o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, quem primeiro me procurou dizendo que havia um desejo de setores do PP de caminhar com o PT", disse Haddad.

O petista confirmou que foi contactado apenas por dirigentes da esfera nacional do partido e que não fará vetos a nenhum partido da base de Dilma que queira participar de sua campanha. "Eu disse no começo do ano que minha intenção era reunir o maior número possível de partidos da base aliada do governo Dilma", justificou. Haddad defendeu que a composição da chapa obedeça os princípios de sua candidatura e destacou ainda que não é hora de discutir cargos numa eventual gestão do PT. "A composição do meu governo é política e técnica", avisou.

Erundina evitou opinar sobre a possibilidade de aliança com o PP de Maluf. "Essa é uma questão que os dirigentes partidários têm de examinar, não passa por mim, não passa pela minha decisão pessoal", argumentou. No entanto, Erundina reforçou que quer ao seu lado pessoas comprometidas com o projeto político da chapa. "Desde que conheçam os nossos compromissos e se comprometam com esse projeto", disse em seu discurso.

Erundina evitou também comentar a candidatura do tucano José Serra, a quem chamou de "mais um candidato". Mas, no discurso de 40 minutos, fez uma alusão indireta ao tucano, ao dizer: "Não costumo escrever aquilo que falo, embora eu cumpra aquilo que falo e escrevo."

A deputada também evitou criticar o atual prefeito, Gilberto Kassab. "O Kassab não está sendo julgado aqui, mas vamos ter uma proposta oposta à dele e vamos, evidentemente, substituir as políticas que não deram certo ou não são justas na vida da cidade."

Sem mágoas

Na entrevista coletiva, Erundina ressaltou que sua presença na candidatura não substitui a ausência da senadora Marta Suplicy e que pediu autorização do PT para conversar diretamente com ela. "Eu preciso da companhia dela, nós precisamos da companhia dela, a cidade de São Paulo precisa da experiência dela e seremos mais fortes com a presença da senadora", apelou.

Erundina negou que a emoção no evento tenha tido relação com a sua saída do partido em (1997). "Estou emocionada não pelo que aconteceu no passado, estou emocionada com o presente que traz de volta um momento de muita realização pessoal", justificou a deputada referindo-se ao período em que governou a cidade. Erundina, em seu discurso para uma plateia de petistas e pessebistas, lembrou o momento em que deixou o PT e disse que na época não "mudei de rua, mudei apenas de casa". "Eu não mudei de lado", reforçou. Perguntada pelos jornalistas se tinha mágoa do PT, Erundina foi categórica: "Não tenho mágoa, não faço política com mágoa, faço política com sonhos."

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