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Hacker inscreve candidata de medicina em produção de cachaça

Tereza faz parte do grupo de 77 pessoas que tiveram nota mil (a pontuação máxima) na redação do Enem 2016

A estudante Terezinha Gayoso, de 23 anos (Reprodução/Facebook/Reprodução)

A estudante Terezinha Gayoso, de 23 anos (Reprodução/Facebook/Reprodução)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 09h08.

Última atualização em 1 de fevereiro de 2017 às 10h30.

São Paulo – A estudante de 23 anos Terezinha Gayoso foi vítima de hackers que invadiram o site do Sistema de Seleção Unificada (Sisu): ela tentava uma vaga em medicina, mas foi inscrita no curso de produção de cachaça, no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG), em Salinas.

Tereza faz parte do grupo de 77 pessoas que tiveram nota mil (a pontuação máxima) na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2016. A saber: 6,1 milhões de estudantes fizeram a última edição do exame.

A estudante afirmou que descobriu a invasão por amigos que encontraram a lista de aprovados no IFNMG. “Quando vi, não acreditei. Minha conta foi hackeada e, por isso, me matricularam em um curso de produção de cachaça. É muita maldade de quem fez isso”, afirmou a VEJA.com em entrevista.

Apesar de ter alcançado nota máxima na prova de redação, Tereza não atingiu a média suficiente para passar em medicina. De acordo com a publicação, ela tentará novamente no final deste ano.

Em nota, o Ministério da Educação informou que os sistemas do MEC e do Inep não registraram, até o momento, indício de acesso indevido a informações de estudantes cadastrados, que configure incidente de segurança.

Segundo o MEC, os casos que forem identificados como suposta mudança indevida de senha e violação de dados, serão remetidos para investigação da Polícia Federal.

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