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Há esperança para o falecido Rio Pinheiros?

Tecnologias para despoluir as águas do rio paulista começarão a ser testadas a partir desta quinta-feira (24). Rio é considerado biologicamente morto


	Sujeira no Pinheiros: formado 80% por esgoto, rio de SP é considerado biologicamente morto
 (Marcelo Nina)

Sujeira no Pinheiros: formado 80% por esgoto, rio de SP é considerado biologicamente morto (Marcelo Nina)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 19h19.

São Paulo – O Rio Pinheiros tem salvação? O primeiro passo para responder a essa pergunta, que deve estar na língua de muitos paulistanos, será dado nesta quinta-feira (24), quando começarão os testes para despoluição do rio.

Cinco tecnologias diferentes serão avaliadas segundo sua capacidade de possibilitar a entrada de oxigênio no rio e melhorar a qualidade das águas. Formado 80% por esgoto, hoje, o Pinheiros é considerado um rio biologicamente morto. Toda a sujeira chega sem tratamento através dos afluentes, 17 ao todo, que nascem em outros municípios.

Os testes de despoluição serão realizados em um modelo reduzido do rio (com escala e vazão semelhantes, assim como resíduos, sedimentos e lodo), em seis canais construídos junto à estação elevatória da EMAE, próximo à ponte Cidade Jardim.

Além de métodos físicos e químicos de remoção da poluição, o governo de São Paulo vai testar soluções biológicas, com aplicação de produtos elaborados com base em fungos e leveduras e outros microorganismos aeróbicos.

A iniciativa sucede uma tentativa anterior de despoluição, que durou dez anos e demandou mais de 100 milhões de reais em investimento. Baseada na técnica da flotação, que usava produtos químicos e oxigênio para transformar a sujeira em lodo, facilitando sua retirada posterior, a empreitada foi suspensa em 2011 por não descontaminar de forma satisfatória a água, que continuava com altos níveis de metais pesados.

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