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Há espaço para taxistas e motoristas de apps no Rio, diz Crivella

O prefeito do Rio declarou que, apesar dos apps de transporte individual, é importante preservar os táxis tradicionais para que haja concorrência no setor

Marcelo Crivella: "Sem o táxi, quem garante que o Uber vai ser barato amanhã?" (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Marcelo Crivella: "Sem o táxi, quem garante que o Uber vai ser barato amanhã?" (Tomaz Silva/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 27 de julho de 2017 às 16h54.

Última atualização em 27 de julho de 2017 às 21h37.

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, afirmou que há espaço para motoristas de táxi e de aplicativos na cidade.

Crivella reuniu a imprensa para fazer um balanço do protesto dos taxistas, que tumultuou o trânsito da cidade na manhã desta quinta-feira (27).

Segundo o prefeito, é importante preservar os táxis tradicionais para que haja concorrência no setor.

"Sem o táxi, quem garante que o Uber vai ser barato amanhã, ou com um preço acessível?", indagou Crivella.

Ele aposta na implantação do aplicativo Táxi Rio, desenvolvido pela prefeitura, para incluir todos os taxistas, que serão avaliados pelos passageiros, quanto à corrida e ao estado de conservação dos carros.

"Vai poder ter competição. Porque hoje muitos dos taxista pagam diária. O [motorista do] Uber não paga diária, mas paga para o Uber. O auxiliar de táxi vai pagar diária, mas não vai precisar pagar o aplicativo. É uma maneira de tornar o jogo mais competitivo."

O prefeito disse que as tarifas de táxi pelo novo aplicativo também vão poder variar ao longo do dia, como já acontece com o Uber e outros aplicativos, como Cabify e 99 Táxi, de acordo com a demanda.

"No momento em que você tiver menor oferta [de passageiros], o preço [dos táxis] poderá ser mais barato. À medida em que tiver maior oferta [de passageiros], o preço pode subir um pouquinho. Eu quero que o táxi e o Uber possam oferecer à população do Rio de Janeiro um serviço com qualidade e bom preço", disse.

Crivella lamentou o comportamento dos taxistas, que bloquearam parte da Avenida Presidente Vargas, em frente à prefeitura, justamente em um ponto estratégico para o trânsito, pois recebe a maior parte do fluxo de veículos da zona norte e do subúrbio, o que causou um grande engarrafamento, com reflexos na Avenida Brasil e na Linha Vermelha.

Os taxistas criticaram ainda outros aplicativos, como 99 e Cabify, mas Crivella disse que os dois, embora não amparados em liminar judicial, como o Uber, também buscariam sua manutenção na Justiça, alegando direitos iguais.

O prefeito do Rio informou que o Uber, atualmente, recolhe cerca de R$ 1 milhão em impostos por mês ao município.

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