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Há aval para atuação das milícias no Rio, diz Anistia

Entidade condenou negligência das autoridades para a atuação das milícias no Rio de Janeiro

Policiais patrulham a rua durante operação na favela Vila Cruzeiro, no Rio de Janeir (REUTERS)

Policiais patrulham a rua durante operação na favela Vila Cruzeiro, no Rio de Janeir (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2011 às 18h31.

São Paulo - O pesquisador sobre o Brasil para a Anistia Internacional, Tim Cahill, apontou que há o aval ou negligência das autoridades para a atuação das milícias no Rio de Janeiro. Ele definiu como preocupante a situação do deputado Marcelo Freixo, que deixou o país hoje ameaçado de morte. Em nota, a entidade confirmou que convidou o parlamentar para visitar a Europa junto com a organização não governamental Front Line Defenders, que providencia proteção aos militantes pelos direitos humanos.

"Não é a primeira vez que vemos criminalidade tão ampla dentro da polícia no Brasil. É uma realidade extremamente preocupante, porque (a milícia) existe com o aval ou a negligência das autoridades. A origem deles (milicianos) são as estruturas do Estado", afirmou Cahill.

A assessoria de Freixo divulgou os informes das ameaças de morte ao deputado desde 2008, ano de implantação da CPI das Milícias.

Apontado pelo Ministério Público como "um dos mais virulentos homicidas" da milícia Liga da Justiça, o miliciano Carlos Ari Ribeiro, o Carlão, aparece em várias denúncias. Ex-policial, ele fugiu do Batalhão Especial Prisional (BEP) em setembro. Segundo informações da Inteligência da Polícia Militar (PM), Carlão recebeu R$ 400 mil para executar o parlamentar. Hoje, a Secretaria de Segurança Pública do Rio informou que desde 2009 existe um inquérito para apurar as ameaças a Freixo.

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