Rio de Janeiro - Faltando dois meses para que Brasil e Croácia abram a Copa do Mundo na Arena Corinthians, em São Paulo, três dos 12 estádios que serão utilizados no torneio seguem em obras, e seis aeroportos deixarão parte das reformas previstas para depois da disputa.
Apesar de todos os atrasos, o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, garante que tudo será entregue para o Mundial, que a presidente Dilma Rousseff segue chamando de a "Copa das Copas."
"Aí estão todos os nossos estádios, quase todos prontos. O último que será entregue é o daqui, a Arena Corinthians", disse Rebelo, em evento realizado na capital paulista.
O ministro reconheceu que as últimas entregas serão as das "obras de engenharia nos aeroportos e as de comunicação", mas outras autoridades já garantiram que parte das reformas em seis aeroportos só será concluída após o fim da Copa.
Com atraso também, o Brasil inaugurou no ano passado seis dos estádios do Mundial (Maracanã, Mané Garrincha, Arena Fonte Nova, Mineirão, Arena Pernambuco e Castelão), para a disputa da Copa das Confederações, que serviu de primeiro teste para o país.
Dos outros seis que estavam em obras no fim do ano passado, a Arena das Dunas, em Natal, já ficou pronta e foi inaugurada. No início deste mês, foi a vez da Arena Amazônia, em Manaus, e na semana passada do Beira-Rio, em Porto Alegre.
Apesar de em 2 de março ter ocorrido a inauguração da Arena Pantanal, com jogo entre Mixto e Santos, pela Copa do Brasil, a obra no estádio ainda não está concluída. A partida aconteceu sem que a metade das cadeiras das arquibancadas estivesse instalada.
Se em Cuiabá ainda faltam detalhes para a entrega definitiva, a situação dos estádios de Curitiba e São Paulo segue preocupando a Fifa. O caso da Arena da Baixada é o mais preocupante, mesmo depois que a entidade confirmou a manutenção entre as sedes da Copa.
Atlético Paranaense e governo curitibano garantiram a entrega em 30 de abril, ams uma greve de operários obrigou a mudança do prazo para 15 de maio, dia exato em que a Fifa assumirá o comando do estádio para a competição.
No caso de São Paulo, a estrutura original da Arena Corinthians está pronta, com a capacidade de 44 mil espectadores, mas os responsáveis pelas obras ainda trabalham na construção de arquibancadas provisórias, que elevaram a capacidade para 68 mil lugares, dentro do exigido para jogo de abertura de Copa.
As obras ficaram suspensas por mais de uma semana, depois da morte de um operário. Ontem, a Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego autorizou o recomeço da reforma.
O Corinthians pretende fazer, no dia 20 de abril, um jogo-teste com ex-jogadores do clube, mas é ainda é necessário o aval do Corpo de Bombeiros para usar a arena. A Odebrecht, responsável pela construção, afirmou já ter enviado todos os documentos necessários para a liberação.
"Já dizemos coisas mais difíceis e maiores. os responsáveis pelas obras me disseram que o estádio do Corinthians estará pronto a tempo", afirmou Aldo Rebelo.
No caso dos aeroportos, o próprio governo federal parece ter jogado a toalha. A Infraero fixou dois cronogramas para a entrega das obras em vários terminais, e um deles já preve que parte dos trabalhos extrapolará o período do Mundial.
É o caso dos aeroportos de Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Salvador, Porto Alegre e Fortaleza, em que serão terminadas apenas as obras mais urgentes e de maior visibilidade. O secretário de Aviação Civil, Moreira Franco, garantiu, no entanto, que a medida não afeará a chegada de turistas para a Copa.
"As áreas em que circularão os visitantes ficarão prontas e espaçosas. Estará tudo pronto para oferecer um bom atendimento aos passageiros", disse.
Dilma Rousseff, por sua vez, minimizou os problemas nos aeroportos e garantiu que as instalações "darão conta com sobras para a Copa". A presidente admitiu que a reforma dos terminais é importante não só para o torneio, mas para atender a crescente demanda no país.
A Copa do Mundo deste ano será realizada entre os dias 12 de junho e 13 de julho, quando acontecerá a decisão no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.
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1. Partidas caras
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1/13 (Glauber Queiroz/Portal da Copa/ME)
São Paulo - Embora a construção ou a reforma de estádios para a
Copa do Mundo seja encarada como um dos legados que o Mundial deixará para o país, é inegável que as 12 arenas só estão prontas (ou quase) agora por causa do grande evento de junho. Não fosse isso, sabe-se lá quando o Brasil teria
estádios modernos - cujos projetos foram feitos, aliás, de forma a atender ao padrão Fifa, que determina, entre outras coisas, o tamanho mínimo daqueles que podem ser palco de jogos especiais, como a abertura e a final.
A partir destas considerações, EXAME.com levantou o custo das obras e dividiu pelo número total de jogos que cada estádio vai receber daqui a cerca de três meses. Chega-se, assim, às partidas mais caras da Copa. Sob esta perspectiva, cada jogo no Mané Garrincha, em
Brasília, sairá por R 200 milhões.
É preciso considerar que esta conta por jogo não inclui nenhum outro gasto além dos colocados diretamente nos estádios. Somados, o custo de todos eles ultrapassou R$ 8 bilhões, mas nem tudo é verba pública. Especialistas temem que alguns dos estádios se tornem elefantes brancos após a Copa, principalmente em lugares sem tradição futebolística. O governo defende, porém, que eles são agora arenas multiuso e que serão economicamente viáveis ao receber, além de jogos de
futebol, shows e eventos. O Mané Garrincha, por exemplo, já recebeu 5 eventos (3 shows internacionais entre eles) desde que foi inaugurado em maio de 2013 (além das partidas de futebol).
Atualizado dia 11/3, às 11h45
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2. 1º Mané Garrincha (Brasília) - R$ 200 milhões por jogo
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2/13 (Dean Mouhtaropoulos/Getty Images)
Custo do estádio: R$ 1,4 bilhão Número de jogos: 7 (incluindo um nas oitavas, semi final e disputa pelo 3º lugar) Jogos da 1ª fase: Suíça x Equador, Colômbia x Costa do Marfim, Camarões x Brasil, Portugal x Gana.
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3. 2º Maracanã (Rio de Janeiro) - R$ 170 milhões por jogo
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3/13 (Tânia Rego/ABr)
Custo do estádio: R$ 1,19 bilhão Número de jogos: 7 jogos (incluindo um nas oitavas, semi-final e a grande final) Jogos da 1ª fase: Argentina x Bósnia e Herzegovina, Espanha x Chile, Bélgica x Rússia, Equador x França
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4. 3º Arena da Amazônia (Manaus) - R$ 167,3 milhões por jogo
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4/13 (REUTERS/Bruno Kelly)
Custo do estádio: R$ 669,5 milhões Número de jogos: 4 (todos na primeira fase) Jogos da 1ª fase: Inglaterra x Itália, Camarões x Croácia, EUA x Portugal, Honduras x Suiça
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5. 4º Arena Pantanal (Cuiabá) - R$ 142,5 milhões
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5/13 (REUTERS/Stringer)
Custo do estádio: R$ 570 milhões Número de jogos: 4 (todos na primeira fase) Jogos da 1ª fase: Chile x Austrália, Rússia x Coréia do Sul, Nigéria x Bósnia e Herzegovina, Japão x Colômbia.
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6. 5º Arena Corinthians (São Paulo) - R$ 136,6 milhões por jogo
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6/13 (Divulgação/ Odebrecht)
Custo do estádio: R$ 820 milhões Número de jogos: 6 (incluindo um nas oitavas e uma semi-final) Jogos da 1ª fase: Brasil x Croácia, Uruguai x Inglaterra, Holanda x Chile, Coréia do Sul x Bélgica
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7. 7º Arena Pernambuco (Recife) - R$ 106,5 milhões por jogo
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7/13 (REUTERS/Ricardo Moraes)
Custo do estádio: 532,6 milhões Número de jogos: 5 (incluindo uma oitava de final) Jogos da 1ª fase: Costa do Marfim x Japão, Itália x Costa Rica, Croácia x México, EUA x Alemanha.
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8. 8º Arena das Dunas (Natal) - R$ 100 milhões por jogo
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8/13 (Portal da Copa)
Custo do estádio: R$ 400 milhões Número de jogos: 4 (todos na primeira fase) Jogos da 1ª fase: México x Camarões, Gana x EUA, Japão x Grécia, Itália x Uruguai
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9. 9º Arena Fonte Nova (Salvador) - R$ 98,6 milhões por jogo
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9/13 (Governo Federal/Portal da Copa)
Custo do estádio: R$ 591,7 milhões Número de jogos: 6 (incluindo um nas oitavas e um nas quartas-de-final) Jogos da 1ª fase: Espanha x Holanda, Alemanha x Portugal, Suiça x França, Bósnia e Herzegovina x Irã
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10. 10º Arena Castelão (Fortaleza) - R$ 96,4 milhões por jogo
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10/13 (Danilo Borges/Portal da Copa)
Custo do estádio: R$ 518,6 milhões Número de jogos: 6 (incluindo um nas oitavas e um nas quartas-de-final) Jogos da 1ª fase: Uruguai x Costa Rica, Brasil x México, Alemanha x Gana, Grécia x Costa do Marfim.
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11. 11º Arena da Baixada (Curitiba) - R$ 82,5 milhões por jogo
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11/13 (Divulgação/ CAP)
Custo do estádio: R$ 330 milhões Número de jogos: 4 (todos na primeira fase) Jogos da 1ª fase: Irã x Nigéria, Honduras x Equador, Austrália x Espanha, Argélia x Rússia.
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12. 12º Beira-Rio (Porto Alegre) - R$ 66 milhões por jogo
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12/13 (Evandro Oliveira/PMPA)
Custo do estádio: R$ 330 milhões Número de jogos: 5 (incluindo um das oitavas de final) Jogos da 1ª fase: França x Honduras, Austrália x Holanda, Coréia do Sul x Argélia, Nigéria x Argentina
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13. Veja agora quais são os estádios da Copa que mais utilizaram recursos públicos
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13/13 (Divulgação/ Consórcio Maracanã 2014)