Jonas Lucas Alves Dias foi ganhador de R$47,1 milhões (Internet/Reprodução)
Agência O Globo
Publicado em 18 de setembro de 2022 às 17h20.
Uma suspeita de participar da morte de Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos, ganhador de R$47,1 milhões na Mega-Sena em 2020 foi presa, em Santa Bárbara d'Oste, no interior de São Paulo, neste domingo. A prisão foi realizada pela Guarda Municipal. Esta é a segunda pessoa presa relacionada ao crime. Jonas foi morto em Hortolândia, cidade onde morava, no dia 14 de setembro.
De acordo com a Guarda, a presa é uma mulher transgênero de 24 anos identificada pela Polícia Civil como Rebeca. A suspeita estava em situação de rua. Ela foi levada para a Deic de Piracicaba (SP), delegacia que concentra as investigações do caso.
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No sábado, outro suspeito de estar envolvido na morte, Rogério Spínola, de 48 anos foi preso. Outros dois homens seguem foragidos, de acordo com a Polícia Civil.
Jonas foi vítima de extrema violência, segundo a delegada do caso, Juliana Ricci. O corpo foi encontrado com sinais de espancamento, na quarta-feira, na altura do Jardim São Pedro, próximo à Rodovia dos Bandeirantes (SP-348). Ele chegou a ser socorrido ao Hospital e Maternidade Municipal Governador Mario Covas, onde chegou com vida, mas morreu pouco tempo depois.
Mesmo depois de ganhar o prêmio, há dois anos, ele manteve a rotina e os interesses de antes. Gostava de pescar, de jogar em máquinas caça-níquel e tomar uma cerveja com amigos nos bares do bairro onde cresceu, o Jardim Rosolén.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o caso foi registrado como extorsão seguida de morte e é investigado pela delegacia de Hortolândia, com apoio da Deic de Piracicaba.
Em depoimento, o irmão de Dias, que preferiu não ser identificado, relatou que ele estava desaparecido havia um dia. De acordo com a SSP, a vítima teve aproximadamente R$ 20 mil retirados de sua conta bancária por meio de transferências bancárias e via Pix. O seu cartão de débito também foi levado pelos suspeitos.
Em coletiva de imprensa no sábado, os delegados responsáveis pela investigação afirmaram que ainda não há suspeitos do crime. Segundo a delegada da Divisão de Investigações Criminais (DEIC) de Piracicaba, Juliana Ricci, a investigação trabalha para identificar a autoria.
Vídeos de circuito de segurança mostram criminosos andando com a vítima de carro, além do momento em que ele é abandonado na altura do Km 104 da rodovia, próximo à alça de acesso à Rodovia Jornalista Francisco Aguirre Proença (SP-101). A polícia vai analisar as imagens, que ainda não foram divulgadas, e também já começou a ouvir depoimentos.