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Grupos planejaram ataque a Brasília com 'tudo pago'

O plano era tomar os palácios dos três Poderes, acampar no interior, além de bloquear refinarias de combustível em todo País

DF - LULA/VITÓRIA/ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS/ONTEM - POLÍTICA - Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) promovem ataques criminosos contra   as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no domingo, 08 de janeiro de 2022.   Extremistas vandalizaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e   o Congresso Nacional. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva,   convocou uma reunião extraordinária para esta segunda-feira, 09, com chefes dos   Três Poderes.   08/01/2023 - Foto: EDISON BUENO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO (EDISON BUENO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO/Reprodução)

DF - LULA/VITÓRIA/ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS/ONTEM - POLÍTICA - Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) promovem ataques criminosos contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no domingo, 08 de janeiro de 2022. Extremistas vandalizaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, convocou uma reunião extraordinária para esta segunda-feira, 09, com chefes dos Três Poderes. 08/01/2023 - Foto: EDISON BUENO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO (EDISON BUENO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de janeiro de 2023 às 08h59.

Última atualização em 9 de janeiro de 2023 às 09h01.

Grupos de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro começaram a divulgar com intensidade mensagens em aplicativos de mensagens organizando caravanas para trazer manifestantes de todo o País para Brasília desde a terça-feira. As viagens começaram na sexta-feira. As mensagens convocavam os extremistas e falavam em enfrentamento às forças policiais.

O plano era tomar os palácios dos três Poderes, acampar no interior, além de bloquear refinarias de combustível em todo País. E assim provocar o caos para levar à intervenção militar, com a deposição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Oferecia-se ônibus de graça - a maioria saiu da frente de quartéis. Em Jundiaí, partiram da frente do 12.º Grupo de Artilharia de Campanha.

Em mensagem, os bolsonaristas queriam unir policiais e militares da reserva das Forças Armadas. Também convocaram caçadores, atiradores e colecionadores de armas. Queriam pessoas com experiência militar para enfrentar as forças de segurança. Prometiam aos que fossem a Brasília: "Tudo pago. Água, café, almoço e janta. Ficará acampado no Planalto."

"O povo do agro me chamou e já me contratou 3 mil ônibus de diferentes áreas do Brasil", disse um organizador de protestos bolsonaristas em áudio. "A gente vai tomar o poder. Agora vamos mostrar o que é gente do bem quando resolve ser do mal. Iremos fazer uma reintegração da posse das casas do Poder." Mensagens exibiam armas.

Em outras pedia-se o fechamento de rodovias e ensinavam como fazer uma máscara de gás lacrimogêneo caseira. Ontem, a estratégia era clara. "O Congresso é nosso! Vamos tomar posse dele!! Com cavalaria ou sem cavalaria, nada vai nos parar", disse um extremista. Às 10h58, outra convocação dizia. "Hoje teremos a tomada dos três Poderes! E invasão no Congresso. Será um dia de guerra. O primeiro passo para a rebelião de resistência civil. Todos estaremos prontos para a Guerra!" Às 12 horas, diziam: "Nós vamos tomar o poder".

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