Vista geral do Plenário da Câmara dos Deputados: o grupo é formado por parlamentares do Democratas, do PSDB, do PP, do Solidariedade, do PSC, do PPS e do PMDB (REUTERS/Ueslei Marcelino)
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2015 às 13h45.
Brasília - Com maioria oposicionista, mas também com representação da base aliada, um grupo de parlamentares se reuniu na Câmara na manhã desta quarta-feira, 16, para apresentar o movimento "Basta de Imposto".
Os deputados e senadores são contrários à reedição da Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira (CPMF), proposta pelo governo na segunda-feira (14).
O grupo é formado por parlamentares do Democratas, do PSDB, do PP, do Solidariedade, do PSC, do PPS e do PMDB. A maior parte dos representantes de bancadas disse que um pedido será levado às executivas nacionais de seus partidos para que fechem questão contra o tributo.
Na apresentação, as críticas foram direcionadas à falta de cortes de gastos do governo e à proposta limitação de uso das emendas parlamentares.
O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que foi apresentada na terça-feira, 15, uma proposta de emenda à constituição que limita as despesas da União às receitas que já existem.
O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), afirmou que o governo não tem credibilidade para aprovar o retorno do tributo. "O aumento de imposto sugerido pelo governo já nasceu morto", disse.
O peemedebista Lúcio Vieira Lima (BA), que compõe bancada da base aliada, se uniu ao coro contrário à proposta do governo. O deputado rebateu a afirmação feita ontem pelo líder de sua bancada, Leonardo Picciani (RJ), de que é importante aprovar as medidas.
"O PMDB é contrário, o Picciani está falando em nome próprio", disse Vieira Lima. "Independente do fechamento de questão dos partidos, eu estou fechando questão com o povo brasileiro. O povo não quer a CPMF", completou.