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Grupo de jovens protesta contra a violência em SP

O ato no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), região central da capital, foi organizado por amigos da produtora de eventos Luciene Neves


	Policiais militares atuam nas ruas de São Paulo: Haline Marques disse que o assassinato da amiga a aproximou da violência que só via pelos jornais
 (Marcelo Camargo/ABr)

Policiais militares atuam nas ruas de São Paulo: Haline Marques disse que o assassinato da amiga a aproximou da violência que só via pelos jornais (Marcelo Camargo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2012 às 15h39.

São Paulo - Com camisas brancas, cantando e rezando, um grupo de jovens protestou, no início da tarde de hoje (23), contra a violência na cidade de São Paulo. O ato no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), região central da capital, foi organizado por amigos da produtora de eventos Luciene Neves, assassinada na madrugada de ontem (22) em um bar do Jardim Boa Vista, na zona sul paulistana, junto com mais dois rapazes. Além dos três mortos, três pessoas que estavam no local foram baleadas.

Luciene Neves, que participava de um grupo de jovens católicos que atende vítimas da violência na zona sul, passou a fazer parte das estatísticas da violência que tem assolado o estado nos últimos meses. Segundo dados da Secretária de Segurança Pública do estado, o número de assassinatos na cidade de São Paulo praticamente dobrou em outubro, na comparação com o mesmo período de 2011. No mês passado 176 pessoas foram assassinadas, contra 82 em 2011.

Um amigo que frequentava a mesma igreja de Luciene, Gil Monteiro, disse que lembrar a morte da jovem é uma forma de protestar contra a violência que vem acontecendo no estado. “A nossa amiga morreu, a pessoa que morreu antes de ontem talvez a gente não saiba o nome, mas também é brasileira, uma irmã nossa”, disse. “Nós viemos aqui porque isso tem que ter um basta”, completou.

Haline Marques disse que o assassinato da amiga a aproximou da violência que só via pelos jornais. “Embora a gente veja isso em vários lugares, a gente só sente mesmo quando é alguém próximo”, disse a produtora de eventos que estava no Rio Grande do Sul e voltou para São Paulo assim que soube do crime. Haline disse ainda que a amiga se sentia segura no bairro onde vivia, apesar da região ser conhecida como uma das mais violentas da capital. “Ela viveu lá a vida inteira, então ela tinha segurança do local, porque lá ela estava perto dos amigos com o pessoal que a conhecia desde pequena”.

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