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Gripe H1N1 já provocou a morte de 40 pessoas na cidade de SP

De acordo com o secretário, até 19 de abril 2.218 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foram notificados


	H1N1: em todo ano passado foram 12 casos de H1N1, sem nenhuma morte
 (Osnei Restio/ Prefeitura de Nova Odessa)

H1N1: em todo ano passado foram 12 casos de H1N1, sem nenhuma morte (Osnei Restio/ Prefeitura de Nova Odessa)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2016 às 17h34.

A gripe Influenza A/H1N1 já provocou a morte de 40 pessoas na cidade de São Paulo, entre elas uma gestante. O dado foi divulgado hoje (25) à tarde pelo secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha.

De acordo com o secretário, até 19 de abril 2.218 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foram notificados. Desse total, 385 casos foram confirmados para H1N1.

Segundo o secretário, a partir dos dados não é possível inferir se houve aumento ou queda no número de casos e de óbitos de H1N1, em comparação com outros períodos, já que houve antecipação este ano da circulação do vírus, antes mesmo da chegada do inverno.

Em todo ano passado foram 12 casos de H1N1, sem nenhuma morte. Em 2014, foram 35 casos com dez mortes. Em 2013, foram 588 casos, com 84 mortes.

“Não é possível fazer essa avaliação neste momento [se houve queda]. O que estamos percebendo é que há uma circulação antecipada e que, até a 13ª semana epidemiológica, ela atingiu o pico. Na 14ª semana ocorreu oscilação para baixo no número de casos, mas não é possível dizer que essa seja uma tendência”, acrescentou o secretário.

Conforme Padilha, a prefeitura adotou duas medidas para tentar reduzir o número de casos.

“Duas grandes medidas tomadas para reduzir casos graves de óbitos [na cidade] são a antecipação da campanha de vacina e a garantia, na rede pública municipal e no setor privado, do medicamento adequado que é o oseltamivir.” Padilha acrescentou que a secretaria já ultrapassou 63% da meta de vacinação dos grupos prioritários na primeira semana e meia de vacinação,

Segundo Padilha, não há falta de oseltamivir na rede pública, mas há uma orientação aos profissionais de saúde para que o medicamento seja utilizado da forma correta.

“O oseltamivir é uma medicação que deve ser aplicada até 48 horas do início de sintomas naqueles pacientes com indicação de uso do remédio.

O secretário alertou para a importância de os grupos prioritários - idosos, gestantes, puérperas (mulheres que deram à luz recentemente), crianças menores de cinco anos e pessoas com doenças crônicas - serem vacinadas o mais rápido possível.

“É importante vacinar quem tem indicação clara pela Organização Mundial de Saúde para vacinar.”

Até o momento, a campanha de vacinação antecipada na cidade de São Paulo já atingiu 63,9% do público-alvo, sendo 94,8% dos profissionais de saúde, 61,9% de idosos, 56,5% de crianças menores de cinco anos e 46,4% de gestantes.

Para o secretário, o número de gestantes vacinado ainda é baixo. “Quero reforçar a segurança dessa vacina. Ela não é como outras de vírus vivo. É uma vacina extremamente segura para gestantes. As gestantes estarão se protegendo e protegendo seus filhos”.

Alerta para campanhas

O secretário alertou ainda para uma campanha que está se tornando comum na cidade de São Paulo: empresas ou edifícios que contratam centros de saúde para aplicar vacinas em seus funcionários ou moradores contra a gripe.

Segundo ele, é preciso verificar a procedência da vacina e se os centros de vacinação estão credenciados.

“Há uma prática de clínicas privadas sem autorização procurarem edifícios, condomínios e clubes para fazer a vacinação, cobrando das pessoas para isso. A clínica que faz uma ação como essa precisa de autorização. A Vigilância Sanitária tem de observar como será a condição de transporte da vacina e do manuseio dessa vacina.”

Alexandre Padilha informou que pelo menos duas clínicas já foram flagradas em São Paulo aplicando irregularmente vacina contra a gripe. As clínicas poderão ser multadas ou autuadas.

Para que a população saiba se a clínica está credenciada ou para denunciar é importante ligar para o telefone 156 ou para a Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa).

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