Brasil

Greve geral reúne 40 milhões de trabalhadores, dizem sindicatos

Os protestos, convocados pelas centrais sindicais e organizações sociais, causaram impacto, com diferentes graus de adesão, nas principais capitais

Greve Geral: "Esperamos que o governo escute as vozes das ruas, pare sua intransigência e se abra para uma negociação sobre os temas em questão" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Greve Geral: "Esperamos que o governo escute as vozes das ruas, pare sua intransigência e se abra para uma negociação sobre os temas em questão" (Ueslei Marcelino/Reuters)

E

EFE

Publicado em 28 de abril de 2017 às 18h13.

São Paulo - Cerca de 40 milhões de trabalhadores, aproximadamente 45% por cento da força trabalhista, aderiram nesta sexta-feira à greve geral no país em protesto contra as reformas promovidas pelo governo do presidente Michel Temer, segundo fontes sindicais.

De acordo com a central Força Sindical, os trabalhadores "decidiram não sair de suas casas e cruzar seus braços por todo o país" o que resultou "o fechamento de fábricas, comércios" e a paralisação do transporte público.

Os protestos, convocados pelas centrais sindicais e organizações sociais, causaram impacto, com diferentes graus de adesão, nas principais capitais do país, principalmente contra as reformas trabalhista e da Previdência.

"Temos propostas viáveis para que o país retome seu crescimento econômico sem que se percam os direitos trabalhistas e sociais. Queremos a abertura de uma negociação para que podamos avançar de forma democrática", expressou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, em coletiva de imprensa.

O secretário-geral desse sindicato, João Carlos Gonçalves, ressaltou que a greve é um instrumento "democrático" dos trabalhadores para protestar contra aquilo que "fere seus direitos", em referência às desqualificações de algumas autoridades públicas em relação aos protestos.

O estado de São Paulo, onde mais são sentidos os efeitos da greve, tem numerosas manifestações, a paralisação do transporte público e bloqueios com barricadas em diferentes estradas.

Na capital paulista, está prevista uma manifestação que irá até a residência de Temer.

"Esperamos que o governo escute as vozes das ruas, pare sua intransigência e se abra para uma negociação sobre os temas em questão", indicou um comunicado de Força Sindical.

Acompanhe tudo sobre:Governo TemerGrevesProtestos no BrasilReforma da PrevidênciaReforma trabalhistaSindicatos

Mais de Brasil

STF tem maioria para rejeitar revisão da vida toda do INSS

Acidente grave com BRT deixa mais de 60 feridos no Rio de janeiro

X cumpre ordem de Moraes e indica ao STF novo representante legal no Brasil

Quando é o próximo debate para prefeito de SP? Veja data, horário e como assistir ao vivo