Greve no INSS: servidores aceitaram a proposta do governo de dividir o reajuste salarial de 10,8% em duas parcelas, 5,5% em agosto de 2016 e 5,3% em janeiro de 2017 (Marcelo Camargo/ABr)
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2015 às 11h37.
Brasília - A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que nesta sexta-feira, 25, completa 81 dias corridos, deve se encerrar na próxima semana.
De acordo com a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), a paralisação deve acabar depois da assinatura de um acordo entre o governo e os grevistas.
Nesta sexta-feira, as agências do INSS em todos os Estados ainda estão fechadas. O órgão tem 33 mil servidores. A decisão pelo fim da greve é tomada pelos sindicatos nacionais para, depois, ser formalizada em uma assembleia nacional.
Na quinta-feira, 24, no primeiro dos encontros com representantes estaduais, 15 Estados e o Distrito Federal aprovaram a suspensão da greve. São eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraíba, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Maranhão, Rio Grande do Norte, Pará, Bahia e Goiás.
Está marcada para hoje outra assembleia com os representantes dos demais Estados.
Os sindicatos vão encerrar a greve mesmo sem ter atendidos os principais pontos de reivindicação. Eles aceitaram a proposta do governo de dividir o reajuste salarial de 10,8% em duas parcelas, 5,5% em agosto de 2016 e 5,3% em janeiro de 2017.
Nas outras reivindicações, os pleitos foram atendidos parcialmente, como a redução da parcela variável dos salários e a fixação de carga horária de 30 horas.
Eles queriam a realização de mais concursos públicos, tendo em vista que a metade dos servidores vai se aposentar até 2017, mas esse pedido não vai ser atendido agora.
O momento de frustração de receitas, com novo pacote fiscal para fechar as contas em 2016, inviabilizou as negociações. Por isso, decidiram pelo fim da paralisação.
"O quadro político e econômico do País ampliou ainda mais a intransigência e soberba do governo, não nos restou outra alternativa", disse José Campos, do Comando Nacional de Greve da Fenasps.