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Greve de petroleiros atinge 11 refinarias

A produção de petróleo foi reduzida em 400 mil barris por dia somente na Bacia de Campos


	Bacia de Campos: a produção de petróleo foi reduzida em 400 mil barris por dia somente na região
 (Steferson Faria / Divulgação)

Bacia de Campos: a produção de petróleo foi reduzida em 400 mil barris por dia somente na região (Steferson Faria / Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2015 às 13h00.

Rio - A greve dos petroleiros já afeta 11 refinarias e 58 plataformas e unidades de serviços em todo o país, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira, 9, pela Federação Única dos Petroleiros (FUP).

A entidade, que coordena 13 sindicatos no país, avalia que a produção foi reduzida em 400 mil barris de petróleo por dia somente na Bacia de Campos, mas estima impactos também nos campos terrestres na Bahia, onde a metade da produção estaria comprometida.

Representantes da federação se reuniram na manhã desta segunda com a Petrobras, mas decidiram continuar o movimento.

Segundo a FUP, a mobilização afeta a produção em 49 unidades marítimas da Bacia de Campos, seis plataformas no Ceará, três unidades no Espírito Santo, além dos campos terrestres da Bahia, Rio Grande do Norte e Espírito Santo.

Entre as refinarias, estão sem troca de turno desde o início do movimento 11 unidades, entre elas a Reduc (Duque de Caxias, RJ) e a Replan (Paulínia, SP), as principaís.

Segundo o Sindicato dos Petroleiros de Caxias (Sindpetro), somente na Reduc houve uma queda de 30 mil barris de petróleo refinado por dia. Também foram afetadas as unidades Reman (AM), Clara Camarão (RN), Lubnor (CE), Abreu e Lima (PE), Rlam (BA), Regap (MG), Recap (SP), Repar (PR) e Refap (RS).

Os sindicalistas têm promovido bloqueios no acesso às unidades, o que dificulta o fornecimento de matéria prima às unidades, principalmente o coque, subproduto utilizado no ciclo de produção de derivados de petróleo.

A estratégia visa a reduzir a produção de combustíveis, como gasolina e diesel. Até o momento, a Petrobras descarta risco de desabastecimento. A estatal teria estoque de combustíveis entre 15 e 30 dias, segundo fontes internas.

A preocupação da companhia quanto a este ponto é com outra paralisação, a dos caminhoneiros, que pode dificultar a distribuição dos produtos. A manifestação dos caminhoneiros já atinge nove Estados, segundo o Comando Nacional do Transporte.

No Rio, chegou ao município de Barra Mansa, região sul fluminense. No km 273 da Rodovia Presidente Dutra, os motoristas interditaram uma faixa da pista sentido Rio e o acostamento, informou a Polícia Rodoviária Federal.

O protesto é contra a alta de impostos e a elevação nos preços de combustíveis.

Produção

Ainda de acordo com a FUP, a mobilização dos petroleiros também atinge as Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) do Paraná e da Bahia, unidades de tratamento e processamento de gás natural (UPGN) no Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Ceará.

Há paralisação também em termoelétricas no Rio, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte. Na subsidiária Transpetro, a greve atinge terminais no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Espírito Santo, Amazonas, Ceará, Pernambuco, Campos Elíseos e Cabiúnas (RJ), e Guararema, Barueri, Guarulhos e São Caetano do Sul (SP).

Após se reunir com a Petrobras na manhã desta segunda, os sindicalistas ligados à FUP decidiram prosseguir com o movimento. Segundo o coordenador da FUP, José Maria Rangel, a empresa não fez qualquer proposta ao movimento.

A posição da Petrobras foi apenas de ouvir as reivindicações dos sindicalistas.

A pauta da Federação inclui a revisão do plano de venda de ativos da estatal e a retomada dos investimentos. A entidade não reivindica reajustes salariais ou benefícios trabalhistas. Segundo Rangel, a federação segue aguardando que a empresa apresente alternativas aos pedidos.

No balanço divulgado na manhã desta segunda, a federação indica que a produção na Bacia de Campos foi reduzida em 400 mil barris de petróleo por dia, em média.

Na Bahia, a estimativa é que metade da produção do estado está paralisada. Já no Rio Grande do Norte, 13 plataformas aderiram à greve e também reduziram a produção, assim como no Ceará. No Espírito Santo, a produção das plataformas P-58 e P-57 também foi reduzida.

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