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Greve de ônibus em SP: sindicato nega paralisação e diz ser "alarme falso"

Segundo os representantes da categoria, a informação é um 'alarme falso' divulgado por pessoas que perderam a eleição do sindicato

 (Fernando Frazão/Agência Brasil)

(Fernando Frazão/Agência Brasil)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 30 de novembro de 2023 às 12h15.

Última atualização em 30 de novembro de 2023 às 15h37.

O sindicato dos motoristas e trabalhadores dos ônibus de São Paulo (SindMotoristas) negou nesta quinta-feira, 30, que a categoria realizará uma paralisação na sexta-feira, 1. A informação de que haveria uma greve foi veiculada pela Folha de S. Paulo. 

"Essa informação é um alarme falso, tudo isso envolve a eleição do sindicato. A chapa perdedora está espalhando essa fake news", afirmou a assessoria do SindMotoristas em rápida conversa telefônica com a EXAME. 

Segundo o SindMotoristas, o protesto foi convocado pela extinta comissão eleitoral e pelo encabecador da Chapa 4, Edivaldo Santiago, que se recusam acatar a decisão da Justiça pela suspensão da eleição da entidade, em duas sentenças, por identificar irregularidades no processo. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou nova eleição, com urnas eletrônicas.

Os representantes da categoria afirmam que não têm responsabilidade por qualquer manifestação que possa ocorrer amanhã e que impeça a circulação de ônibus na cidade. "Se acontecer, serão baderneiros que vão se intitular do sindicato. Eles serão multados pela Justiça caso façam alguma coisa", diz o sindicato.

Eleições em disputa

Na última quarta-feira, 22, uma decisão judicial do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) suspendeu a eleição do sindicato. A Justiça atendeu parcialmente ao pedido de mandado de segurança solicitado por representante de uma das chapas.

A "CHAPA 4 – RESGATE RAIZ", encabeçada por Edivaldo Santiago, havia se autodeclarado vencedora do pleito com 14.028 votos. Na decisão, o desembargador Marcelo Freire Gonçalves considerou o argumento de risco de fraude e determinou a adoção de urnas eletrônicas — algo que havia sido acordado entre as quatro chapas concorrentes.

Em contato com a EXAME, o sindicato das empresas de transporte coletivo urbano de passageiros de São Paulo (Urbanuss) também afirmou que desconhece a informação de qualquer paralisação. "As empresas estão tão surpresas quanto você. Ninguém da diretoria está sabendo. Não recebemos nenhuma informação. Existe uma briga interna no sindicato e esperamos que isso não prejudique a população", disse a Urbanuss.

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