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Greve da CPTM: sindicato decide suspender paralisação e linhas vão operar normalmente nesta quarta

Com a decisão da categoria, as linhas 11, 12 e 13 da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) vão operar normalmente na quarta-feira

Greve: categoria decide suspender a paralisação (NurPhoto/Getty Images)

Greve: categoria decide suspender a paralisação (NurPhoto/Getty Images)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 25 de março de 2025 às 21h35.

Última atualização em 25 de março de 2025 às 21h49.

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil (STEFZCB) decidiu em assembleia na noite desta terça-feira, 25, suspender a greve marcada para esta quarta-feira, 26.

Com a decisão da categoria, as linhas 11, 12 e 13 Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) vão operar normalmente amanhã. A decisão será comunicada ao desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto, Tribunal Regional de Trabalho (TRT) da 2ª Região, em reunião marcada para às 23h.

Os trabalhadores aprovaram a realização de uma manifestação na frente da sede da B3, a Bolsa de Valores, no dia 28 de março. A categoria se movimenta contra o leilão de concessão das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, que será realizado nesta sexta-feira.

Segundo a assessoria da entidade sindical, os trabalhadores decidiram acatar a sugestão do vice-presidente judicial do Tribunal Regional de Trabalho (TRT) da 2ª Região, desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto.

Na tarde desta terça, representantes do sindicato se reuniram em uma audiência de conciliação. A proposta foi por uma cláusula de paz para "minimizar prejuízos à população diante de um serviço essencial".

Com a suspensão da paralisação, os empregados foram autorizados a fazer assembleias nas estações para conscientizar a população sobre as ameaças aos postos de trabalho que entendem haver com a concessão das linhas. Eles poderão utilizar vestimentas de cor preta nesses dias em forma de protesto.

Protestos contra a concessão

Ferroviários, metroviários, movimentos sociais e parte da oposição ao governo estadual apontam risco de precarização dos serviços e perda de postos de trabalho com a concessão das linhas à iniciativa privada.

A gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) estima que a concessão das linhas resultará em R$ 14,3 bilhões em investimentos nas três linhas ao longo dos 25 anos de contrato. O leilão deve aproximar o estado de ter todas as linhas da CPTM concedidas à iniciativa privada.

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