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Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2014 às 23h06.
Rio de Janeiro - O presidente do Grêmio, Fábio Koff, anunciou nesta terça-feira que chegou a um acordo com a construtora OAS para adquirir definitivamente a Arena, atual casa do tricolor do Porto Alegre, mas que não era administrada totalmente pelo clube.
O acordo prevê o pagamento de cerca de R$ 480 milhões em 20 anos e garante ao Grêmio total autonomia na administração de um estádio que até então era administrado pela OAS, a empresa que o construiu.
Apesar ser coproprietário, o clube, que encomendou a construção da Arena para substituir o Olímpico, sua antiga casa que será demolida, não tem os direitos de exploração da nova estrutura, que pertencem à OAS.
"O Grêmio passará a ser um dos clubes com maior patrimônio na América do Sul. Assumirá a gestão do estádio mais moderno do Brasil e abrirá a possibilidade para aumentar o número de sócios e gerar outras receitas", afirmou Koff em entrevista coletiva.
O dirigente afirmou que vinha negociando o acordo para adquirir definitivamente o estádio há 22 meses, quando, na época da inauguração da Arena, reconheceu que a infraestrutura não era uma propriedade do Grêmio.
"Já se passaram dois anos daquela data que eu disse que a Arena não era do Grêmio. Durante 22 meses da nossa administração, procuramos incessantemente alterar o contrato com a OAS. Não me lembro de envolvimento maior meu do que esse", comentou.
Koff assegurou que, uma vez negociado o acordo, a compra apenas depende da aprovação do conselho administrativo do clube, cujos membros já foram convocados para a respectiva votação.
"Após isso poderemos dizer que a Arena é do Grêmio, dos meus filhos, dos meus netos e dos filhos dos meus netos. Chegamos a um acordo final que encaminhamos ao conselho para sua respectiva aprovação", acrescentou.
O Grêmio, que pagará cerca de R$ 24 milhões anuais a partir de 2016 e durante 20 anos, ofereceu como garantia do pagamento seus direitos de transmissão de televisão, avaliados em cerca de R$ 60 milhões anuais.
O acordo também permite a mudança de toda a área administrativa do Grêmio às instalações disponíveis na Arena e a desocupação do Olímpico, cuja demolição está prevista para fevereiro de 2015.